Há muito tempo que se fala na entrada da Apple no segmento da realidade aumentada, entre documentos de patentes ou simples rumores baseados em testemunhos ligados aos projetos. Mas até agora a empresa liderada por Tim Cook nunca abriu o jogo, ainda que os indícios apontem para uma chegada ao mercado “a qualquer momento”. O certo é que desde 2017 que se tenta adivinhar os planos da Apple na realidade aumentada, tendo sido encontradas referências pela primeira vez a um possível novo sistema operativo, na altura referido como rOS. A Apple é conhecida por ter um sistema operativo independente para cada família de equipamentos, incluindo o iOS para o iPhone, iPadOS para os seus iPad, e assim adiante.
A designação realityOS já tinha sido encontrada em notas de pré-lançamento de algumas versões de teste do iOS 13. E agora voltam a ser encontras novas referências do eventual sistema operativo de equipamentos de realidade aumentada tanto no GitHub como nos logs de upload da App Store, reporta o 9to5Mac.
A publicação cita diferentes developers que apanharam no meio do código referências ao realityOS. Neste caso específico, o código estava ligado a registos da App Store, levando a crer que a Apple esteja a criar uma loja de aplicações dedicada, para os developers distribuírem os seus projetos de realidade aumentada.
Os rumores sobre um eventual anúncio da nova plataforma de realidade aumentada na próxima WWDC adensa-se, embora também haja testemunhos de que a Apple está a enfrentar alguns desafios técnicos, esperando-se apenas que seja anunciado em 2023.
O que dizem os rumores sobre o headset da Apple?
Os analistas dizem que quando chegar às lojas, o headset de realidade mista da Apple deve custar cerca de 2.000 dólares (1.750 euros). O preço vai refletir a tecnologia integrada no dispositivo e os vários anos de desenvolvimento que a empresa investiu para chegar à fórmula final. Diz-se ainda que o dispositivo, com suporte para realidade aumentada e virtual, deve ser posicionado para gaming e conteúdos multimédia, uma suposição que não é difícil de fazer, tendo em conta que a Apple aposta sobretudo no mercado de consumo e que um dispositivo com grande qualidade de imagem e som serve normalmente esses segmentos.
O dispositivo poderá ter dois processadores equivalentes ao M1 Pro da marca, com 14 ou 16 núcleos GPU, ecrãs com uma resolução 8k, tecnologia áudio avançada e a possibilidade de integrar lentes com graduação. Por outro lado, também já se falou da necessidade de este depender do iPhone para trabalhar, por não ter potência suficiente.
Em rumores anteriores, a Apple estaria a apostar numa headset muito leve, com apenas 150 gramas, com um design orientado para uma utilização prolongada. Também já se falou de patentes focadas em acessórios de realidade virtual e aumentada em que os utilizadores “vestem” nos pés. Trata-se de um wearable háptico baseado em sinais sensoriais associados ao movimento dos pés.
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