Em março, a Comissão Europeia deu a conhecer que três centros de supercomputadores em Itália, Espanha e Alemanha se juntariam a uma empresa farmacêutica e a vários institutos de biologia e bioquímica para ajudar na luta contra a pandemia de COVID-19. Depois de quase três anos de investigação, projeto Exscalate4CoV conseguiu descobrir que um medicamento que poderá ajudar a tratar pacientes com sintomas mais leves da doença.
De acordo com a Dompé, a empresa farmacêutica italiana que participa no projeto, o Raloxifene, um medicamento genérico usado em casos de osteoporose, já se revelou eficaz contra os vírus que causam a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) e a Síndrome respiratória aguda grave (SARS) em testes pré-clínicos.
Os testes realizados demonstraram que o medicamento é capaz de combater a replicação do vírus que causa a COVID-19, o SARS-Cov 2, nas células. O grupo de cientistas do Exscalate4CoV quer agora começar a testar o Raloxifene em pacientes. Entre as suas vantagens está o facto de já ser um medicamento testado, com elevados níveis de tolerância por parte dos pacientes, e com um perfil toxicológico estabelecido.
Através de 120 Petaflops de poder computacional, o projeto está a processar modelos digitais da proteína do SARS-Cov 2 e a compará-los com um banco de dados de milhares de medicamentos existentes. O objetivo é identificar quais as combinações de moléculas ativas que poderiam reagir ao vírus. A Comissão Europeia avança que os cientistas já testaram 400.000 moléculas através dos supercomputadores e 7.000 foram selecionadas para testes in vitro.
Além do projeto Exscalate4CoV, a IBM, a NASA e outras organizações têm colocado os seus supercomputadores ao serviço da ciência na procura de uma vacina para o novo Coronavírus através do COVID-19 High Performance Computing Consortium. Atualmente, o consórcio conta com mais de 30 supercomputadores com mais de 420 petaflops para ajudar os investigadores de todo o mundo.
Em maio, um projeto desenvolvido por cientistas da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) foi uma das 40 iniciativas aprovadas pelo consórcio. Liderados por Maria João Ramos, professora da FCUP, os investigadores têm como missão descobrir, através de supercomputadores, que medicamentos são eficazes contra a enzima que permite ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, sobreviver num humano.
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