O estudo sobre os princípios de regulamentação de apps de serviços de boleias e transportes, como os táxis, defende que estas aplicações de transporte comercial proporcionam mais transparência, previsibilidade e responsabilização do que o sistema tradicional dos táxis.

José Manuel Viegas, do Fórum Internacional de Transportes, adiantou ontem à TSF que a recomendação deste organismo é que os governos regulamentem a abertura dos mercados a aplicações como a Uber e exijam em troca os dados que estas estão a gerar.

"Dos 57 países membros, 20 ou 25 ministros que estavam à volta da mesa disseram que isto era extremamente importante e urgente", refere.

O balanceamento entre os dois modelos, o mais pesado em regulação mas pobre na utilização de dados, que é o dos táxis tradicionais, e o das aplicações que geram informação que pode ser útil até para adicionar inteligência aos modelos de transportes nas cidades, que é o da Uber e de outras aplicações, poderá resultar no futuro num melhor serviço aos clientes.

José Manuel Viegas destaca o facto das aplicações trazerem garantias e seriedade, com a indicação do valor a pagar, a prova do percurso, e o facto de o pagamento ser feito de forma eletrónica. Esses dados agregados deveriam ser fornecidos às autoridades, incluindo dados estatísticos que servem para perceber a taxa de ocupação das viaturas, se há ou não táxis a mais, ou os quilómetros feitos em vazio que provocam congestionamentos no trânsito, refere.