O Facebook poderá ter abandonado a ideia de incluir anúncios no WhatsApp. A empresa liderada por Mark Zuckerberg terá dissolvido o grupo que estaria a cargo de encontrar uma forma de tornar a aplicação de mensagens rentável, tendo eliminado o trabalho já realizado do seu código. A controversa decisão tomada em 2018 terá sido mesmo um dos motivos que levou Jan Koum e Brian Acton, os fundadores do WhatsApp, a sair da empresa, avança o Wall Street Journal.

Em 2018, quatro anos após a compra da aplicação de mensagens, o Facebook deu a conhecer que tinha intenções de monetizar o WhatsApp. Entre os planos da empresa estaria a otimização da aplicação de forma a alojar serviços empresariais, assim como a presença de anúncios, por exemplo, na funcionalidade Status, a sua versão das Stories do Instagram.

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A empresa tinha planos para que as publicidades remetessem o utilizador para uma janela de conversação no WhatsApp com a empresa anunciante. Isto significaria que as anunciantes poderiam começar a comprar espaço publicitário interativo. Ao clicar num anúncio, o utilizador receberia informações da marca acerca do produto ou serviço em questão.

A incompatibilidade entre a introdução de anúncios e a encriptação das mensagens do WhatsApp terá sido um dos fatores-chave na saída dos fundadores da aplicação em 2018. Tanto Jan Koum como Brian Acton discordavam com a decisão tomada pela empresa, sendo que acreditavam que a inclusão de publicidades obrigaria o WhatsApp a comprometer a segurança dos utilizadores.

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Para já, ainda não é claro se o Facebook tenciona por um fim definitivo à inclusão de anúncios no WhatsApp. As fontes a que o Wall Street Journal teve acesso indicam que a empresa parece equacionar a possibilidade de colocar publicidades na funcionalidade Status no futuro. Ao que tudo indica, o Facebook estará agora a concentrar-se no desenvolvimento de funções direcionadas para utilizadores empresariais, apostando mais na versão “business” da aplicação, a qual foi lançada em 2018.