Ao longo das próximas semanas, a Meta vai abrir o Horizon Worlds a jovens com idades entre os 13 e os 17 anos nos Estados Unidos e no Canadá. Anteriormente, apenas os utilizadores a partir dos 18 anos podiam aceder ao metaverso da empresa. A novidade chega também com um conjunto de medidas concebidas para proteger os mais novos.

A Meta começa por explicar que cada vez mais adolescentes são fãs de experiências em realidade virtual. Para a gigante tecnológica é crucial desenvolver experiências seguras, positivas e que sejam apropriadas para os jovens. Motivo pelo qual está a investir em várias funcionalidades de segurança e a apostar numa estratégia de abertura faseada do seu metaverso.

“Desenhámos e construímos a experiência para os jovens com um conjunto robusto de proteções e funcionalidades de segurança predefinidas”, afirma a tecnológica. Os perfis dos adolescentes serão automaticamente definidos como privados. Por predefinição, o estado de atividade e localização no Horizon Worlds não serão apresentados a outros utilizadores.

Para assegurar que os jovens têm uma experiência adequada à sua idade, os conteúdos disponíveis no Horizon Worlds terão uma classificação. As vozes dos utilizadores mais novos serão modificadas, para que as pessoas que não os conhecem não os consigam ouvir. As interações entre adolescentes e adultos que desconhecem serão também limitadas.

A empresa detalha que expandiu as suas ferramentas de supervisão parental para realidade virtual, passando a incluir o Horizon Worlds. As ferramentas, que se aplicam à totalidade da plataforma Meta Quest, podem ser configuradas através do Family Center.

Legisladores e organizações posicionam-se contra a decisão

Ainda em fevereiro, uma reportagem do The Wall Street Journal já tinha avançado que a Meta se estava a preparar para abrir o metaverso do Horizon Worlds a adolescentes, numa tentativa de revitalizar o serviço e aumentar o número de utilizadores.

Legisladores nos Estados Unidos, como os senadores democratas Richard Blumenthal, de Connecticut, e Ed Markey, Massachusetts, criticaram os planos, apelando à gigante tecnológica para não avançar, avança a CNN.

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Nas palavras de Ed Markey, a Meta, que não tem feito um bom trabalho no que respeita à proteção das crianças e adolescentes, continua a colocar os mais novos em risco para aumentar os seus lucros. “Apelo à empresa que volte atrás e que abandone imediatamente esta mudança de política”, realçou o senador numa carta endereçada a Mark Zuckerberg.

Também em março, um conjunto de organizações e especialistas na área do desenvolvimento infantil nos Estados Unidos assinaram uma carta aberta que alertava para os riscos de privacidade da abertura do Horizon Worlds aos mais novos.

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