A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), deteve seis pessoas suspeitas de crimes de burla informática, branqueamento de capitais e associação criminosa em Sintra. Os suspeitos incluem cinco homens e uma mulher com idades compreendidas entre os 21 e os 52 anos.

De acordo com a PJ, a investigação teve início no final de 2018, depois da identificação vários casos de “Skimming”, uma prática onde se modificam caixas de Multibanco para roubar as informações presentes nos cartões das vítimas, sendo que existiam suspeitas de que quem estaria por trás do crime seria um grupo organizado.

A investigação apurou que o grupo de suspeitos estaria também envolvido em fraudes associadas a compras em plataformas de e-commerce através dos dados dos cartões de crédito roubados. A PJ estima que o valor da fraude tenha atingido os 28.000 euros no que toca à atividade de Skimming, e os 270.000 euros no caso das fraudes realizadas com as informações "clonadas" dos cartões, totalizando 298.000 euros.

As buscas domiciliárias realizadas confirmaram as suspeitas da PJ, sendo que foram apreendidos vários objetos relacionados com a prática criminosa. Entre eles estavam, “«skimmers» de leitura de banda magnética, cartões bancários contrafeitos, dispositivos informáticos e de comunicações, dados de cartões, bem como artigos adquiridos da forma ilícita descrita”, avançam as autoridades. Os detidos serão presentes a um interrogatório judicial e aguardarão a aplicação das medidas de coação adequadas.

PJ faz detenção de três pessoas ligadas a burla informática qualificada
PJ faz detenção de três pessoas ligadas a burla informática qualificada
Ver artigo

Recorde-se que no final de 2019, a PJ e a UNC3T detiveram três suspeitos de crimes de burla informática, acesso ilegítimo e branqueamento de capitais. A investigação do caso começou também em 2018 depois de queixas sobre a utilização abusiva de dados de cartões bancários, com posterior utilização fraudulenta para aquisição de bens e serviços. Segundo as autoridades, foram utilizados e identificados vários dados de cartões de instituições bancárias no estrangeiro, assim como o uso de identidades falsas, utilizadas para fazer registos em plataformas de jogo online.