Os ecrãs digitais fazem parte das nossas vidas. Do telemóvel ao computador, do televisor ao relógio inteligente, que se converteu num acessório indispensável para muitos, não passamos sem tecnologia, seja na rua ou em casa. Ou será que passamos? 

Um site de análises a produtos e serviços para casas inteligentes quer testar a capacidade dos norte-americanos e australianos para um dia sem ecrãs e dispositivos digitais. Este não é de todo o primeiro desafio para um detox digital, mas o prémio é interessante e por isso promete cativar muitos interessados. 

A Reviews.org tem 2.400 dólares (cerca de 2.030 euros) para dar a quem provar que consegue estar 24 horas sem gadgets. Inclui no leque smartphone, computador, tablet, relógio e outros wearables, consolas e dispositivos inteligentes para a casa, como televisores, aspiradores ou colunas. O micro-ondas escapa.  

Quem aceitar participar no desafio recebe um cofre para trancar os gadgets do dia-a-dia e um voucher de 200 dólares, para fazer compras na Amazon e montar um kit de sobrevivência não-digital. Escolhe o dia do detox, e quando o completar tem de provar que não fez batota, com registos de acesso aos equipamentos “proibidos”. 

O site que organiza o desafio garante que não tem “segundas intenções” - excluindo provavelmente a atenção extra que vai atrair para as reviews que faz a muitos dos produtos proibidos neste detox - nem pede contrapartidas comerciais a quem participa na iniciativa. Sublinha antes, que a ação é um alerta para a dependência crescente da tecnologia, destacando alguns dados apurados em estudos recentes. 

Segundo estes números, três em cada quatro americanos reconhece ter uma relação de dependência com o telemóvel. A maioria olha para o ecrã do telemóvel, pelo menos, 160 vezes por dia, uma vez a cada nove minutos. Na relação com a televisão, os números também impressionam. Um americano passa 56h42 minutos por semana a ver televisão, quase mais 17 horas que no trabalho.