O impacto do ataque da Rússia à Ucrânia já se faz sentir na tecnologia. Na esfera das redes sociais, plataformas como o Facebook e o Twitter começaram a incentivar os utilizadores que vivem na Ucrânia a reforçarem a segurança das suas contas, disponibilizando informação sobre como proceder caso sejam hackeados ou sobre como fechar preventivamente uma conta.

O objetivo é ajudar a protege-las de possíveis manipulações vindas de atacantes russos, evitando que sejam usadas para disseminar desinformação acerca do conflito em curso.

Do lado do Twitter, que acabou por repor o acesso a algumas contas que tinha bloqueado e que estavam a transmitir imagens dos ataques à Ucrânia, embora não diretamente o ataque russo, a plataforma disponibilizou um conjunto de informação, através da sua conta de apoio aos utilizadores, acerca da utilização da rede social em zonas de conflito.

Numa thread publicada em inglês, ucraniano e russo, o Twitter deixa recomendações sobre como reforçar passwords, ativar a autenticação de dois-fatores, tornar tweets privados, desativar a localização do utilizador, a fechar a conta por motivos de segurança e o que fazer caso suspeitem que tenham sido hackeados.

Já do lado do Facebook, David Agranovich, diretor do centro de inteligência contra ameaças da Meta, deu a conhecer, através de uma publicação feita em ucraniano, que a rede sociais implementou funcionalidades adicionais para que os utilizadores que vivem na Ucrânia.

Como explica o responsável, qualquer utilizador a viver na região pode agora aceder a uma ferramenta que permite “bloquear” o seu perfil no Facebook e reforçar a sua segurança: uma medida anteriormente implementada pela rede social da Meta aquando da recente crise no Afeganistão.

Também Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, deu a conhecer que as equipas da empresa estão a implementar um conjunto de medidas para "manter as plataformas e utilizadores na região o mais seguros possível".

De acordo com dados da plataforma de monitorização de desinformação Cyabra, citados pelo website Business Insider, a quantidade de informação falsa a circular tanto no Facebook como no Twitter aumentou significativamente ao longo da última semana.

Os dados indicam que, desde 14 de fevereiro, que a percentagem de conteúdo que retrata a Ucrânia de forma negativa aumentou 11.000% no Twitter. Além disso, verificou-se que 56% de todo o conteúdo acerca do país em ambas as redes sociais ao longo das duas últimas semanas foi gerado por bots ou contas manipuladas.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 10h29)

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