A transformação digital acelerou nos últimos tempos, criando oportunidades e desafios sem precedentes. Não há setor que esteja isento dessa mudança e no campo da medicina e da saúde o impacto é bastante acentuado. Os avanços tecnológicos estão a transformar a estrutura e a organização da área da saúde, com impactos positivos para profissionais e pacientes.
"Dados recentes apontam para que o valor do mercado global de saúde digital aumente para mais de 500 mil milhões de dólares até 2025" – citado por Statista
Tecnologia ao serviço da saúde
Recorrendo à tecnologia, o setor da saúde ganha rapidez, eficiência e acessibilidade com soluções que colocam serviços à distância de uma simples ligação, de forma mais económica, tanto para as empresas e instituições que prestam o serviço como para o cidadão que precisa dele.
Com base em ferramentas tecnológicas é possível melhorar a assistência à saúde, agilizando o trabalho dos profissionais de saúde, otimizando sistemas, reduzindo o erro humano, oferecendo diagnósticos precisos mais rapidamente e intervenções menos invasivas.
O atendimento virtual, por exemplo, pode ser um auxiliar precioso em alguns casos, complementando a tradicional observação médica feita presencialmente: a tecnologia remove fronteiras físicas e permite o atendimento em qualquer lugar, nomeadamente “na palma da mão”, através do smartphone e com várias aplicações móveis já existentes, e mesmo “on demand”, na altura em que o utente quiser.
O uso de aplicações móveis e dispositivos para monitorizar condições crónicas de saúde e alertar os pacientes sobre a necessidade de agir, antes que o problema se transforme numa urgência, são um exemplo simples de como o recurso à tecnologia pode ser impactante. As mesmas aplicações e dispositivos também podem contribuir para estimular atitudes mais saudáveis, em termos de alimentação e de exercício físico, ajudando na prevenção de doenças.
Um telefonema ou uma troca de mensagens no WhatsApp não substitui uma consulta presencial, mas pode muito bem servir para, de forma mais rápida, fornecer informações simples ou esclarecer dúvidas sobre como tomar um medicamente de forma correta, por exemplo.
"Mais de 40% dos inquiridos num estudo afirmam que a possibilidade de reduzir as suas despesas de saúde poderá levar à adoção de aplicações e serviços de mHealth" – citado por Statista
A tecnologia 5G, com as suas capacidades ultrarrápidas de ligação, estará no conjunto de tecnologias que irão ajudar a mudar fortemente o cenário na área da saúde.
Com uma latência quase inexistente, espera-se que a mais recente geração de comunicações móveis contribua para que os profissionais de saúde avaliem, diagnostiquem e tratem, à distância, pacientes recorrendo a uma observação remota “instantânea”, ao possibilitar a transmissão de imagem e dados biométricos em tempo real, para que os especialistas possam analisar ou partilhar com os seus pares determinado quadro clínico.
Às redes móveis de nova geração juntam-se outras tecnologias, por si só ou combinadas umas com as outras. Inteligência Artificial (IA), Big Data, Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Machine Learning, dispositivos wearable, Internet of Things (IoT) ou impressão 3D são exemplos concretos que já estão a mudar o setor da saúde e que vão fazer parte do futuro, desde a interação com os profissionais de saúde ao tratamento dos pacientes.
No Big Data reside o potencial de extrair informação da combinação de dados, quer de utentes como de determinadas regiões, assim como a possibilidade de tratar esses dados de forma estruturada e não estruturada, para facilitar a tomada de decisões médicas, prestar um serviço de mais qualidade, diagnosticar doenças em fases iniciais, prestar tratamentos personalizados, entre outros.
Por exemplo, relativamente a uma região, poderá avaliar-se a incidência de cancro do pulmão e a sua relação com os níveis de poluição registados na mesma.
Na extração e análise de dados há que ter conta a necessidade de uma infraestrutura de TI robusta com capacidade para processamento dos mesmos como, por exemplo, data centers para um grande número de servidores. As organizações também podem migrar as suas soluções e serviços para a cloud, que oferece mais facilidade e obriga a menos investimento de tempo e dinheiro, em comparação com o armazenamento tradicional e é, sobretudo, mais segura.
Outra tecnologia que também está a mudar a área da saúde e vai continuar a fazê-lo é a IoT. Através desta tecnologia pode ser criada toda uma rede conectada de dispositivos inteligentes, facilitando o trabalho das equipas médicas na monitorização contínua de pacientes e consequentemente possibilitando um tratamento mais personalizado. Esta tecnologia também tem sido relevante no caso de doentes crónicos, permitindo os tratamentos em casa com monitorização da medicação e consequentemente uma melhor qualidade de vida.
Já a IA e o Machine Learning estão a ajudar no diagnóstico e na deteção precoce de doenças, nomeadamente em campos mais específicos, como a medicina genómica.
A Realidade Virtual e Aumentada tem possibilitado que estudantes de medicina treinem e adquiram experiência, ensaiando procedimentos complexos, como cirurgias, sem colocar em risco vidas humanas. Ao mesmo tempo, os dispositivos de Realidade Virtual também podem ser usados com os pacientes, por exemplo, para demonstrar e explicar determinado tratamento ou intervenção a que este vá ser sujeito ou até mesmo no suporte à fisioterapia regular domiciliária.
A impressão 3D já não é nova, mas continua a evoluir como um recurso cada vez mais popular na criação de implantes e próteses, assim como utensílios médicos.
Prioridades e desafios para quem presta serviços
A transformação tecnológica em curso facilita o trabalho dos prestadores de saúde, permitindo uma gestão mais conveniente e otimizada de recursos. É igualmente relevante, no momento que vivemos, para enfrentar realidades como a COVID-19 e a consequente exigência de distanciamento físico, permitindo resolver algumas situações e fazer o acompanhamento de utentes de forma remota.
Independentemente do contexto atual, os utentes ou pacientes de hoje desejam uma experiência de saúde que espelhe a conveniência, a facilidade e a segurança de outras experiências de serviços digitais, como o homebanking ou as compras online. Como em qualquer outra área, o objetivo na área da saúde é criar produtos e serviços que contribuam para melhorar a qualidade de vida, ao responderem a uma necessidade ou desejo, sem esquecer a prestação de um serviço de qualidade e eficaz.
"Burocracia” e dificuldade em "encontrar as tecnologias certas" são os principais entraves à maior digitalização dos hospitais em Portugal – por Deloitte
A digitalização já deu os primeiros passos na área da saúde, mas ainda há muito por explorar nesta área. As tecnologias trazem um potencial inequívoco ao setor, representando uma alternativa promissora para a ampliação do acesso e para a melhoria dos serviços de saúde.
No futuro, os pacientes terão cada vez mais controlo e conhecimento sobre a sua própria saúde e os profissionais poderão otimizar os recursos disponíveis para a prestação de cuidados focados e personalizados.
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