Não é novidade que existem diferenças significativas entre as tendências de compra online na Europa, e a disponibilidade para adquirir produtos e serviços nas plataformas electrónicas. Um novo relatório da associação Ecomerce Europe mostra agora que as clivagens são relevantes entre os países do norte e do sul da Europa

A associação indica que em 2017 o volume total de compras online rondou os 534 mil milhões de euros, num crescimento de 11% face a 2017, mas que em 2018 a tendência é para continuar a crescer e chegar aos 602 mil milhões, quase duplicando a faturação de 2013, quando não ultrapassava os 307 mil milhões.

O relatório não está disponível de forma aberta mas a Ecomerce Europe revelou alguns dados, incluindo o peso relevante que a região da Europa Ocidental tem nas compras online, agrupando 68% do volume total. O sul da Europa, o norte da Europa e o leste da Europa mostram uma participação menor no comércio electrónico europeu: 12%, 8% e 6%, respectivamente. No entanto, estas são as regiões com o crescimento mais rápido. A Roménia é o país que mais se destaca, com um crescimento de 37% no ano de 2017.

O Reino Unido continua a liderar com vendas de 178 mil milhões de euros, seguindo-se a França (93,2 mil milhões) e a Alemanha (93 mil milhões).

A associação não esconde também os obstáculos que ainda existem, e as reclamações dos consumidores. A velocidade de entrega e as falhas técnicas estão entre as principais queixas.

Em Portugal as viagens continuam a liderar as intenções de compra online, mas os gadgets tecnológicos estão entre os produtos que mais crescem. 43% dos internautas portugueses fazem compras em sites estrangeiros uma vez por ano e os números da ACEPI mostram que em 2017 gastaram 4,6 mil milhões de euros online.