O desenvolvimento da Inteligência Artificial, de machine learning e Big Data levou à criação de novas ferramentas que permitem às empresas melhorar a forma como operam. Através das tecnologias, organizações conseguem aceder a uma vasta quantidade de dados e analisá-los em tempo recorde, aplicando depois todo o conhecimento gerado para se desenvolverem e acrescentarem valor aos seus negócios.

À medida que cada vez mais empresas se apercebem do potencial das tecnologias, aumenta a procura por profissionais na área dos dados: desde data scientists a especialistas em IA ou machine learning. Os postos de trabalho em gigantes tecnológicas norte-americanas, como a IBM, a Oracle, a Cisco ou a Microsoft, são altamente cobiçados pelos seus elevados salários.

Quando contratam novos funcionários através do programa de vistos de imigração norte-americano, as empresas têm de disponibilizar informação acerca do tipo de salário que pagam aos seus especialistas e, de acordo com dados avançados pelo Business Insider, em alguns dos casos, os pagamentos ultrapassam as centenas de milhares de dólares.

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Entre os salários mais elevados encontram-se, por exemplo, os postos de diretor do departamento de data science da Oracle na Califórnia. Ao todo, o salário do cargo vai dos 228 mil aos 290 mil dólares. Já na IBM, o salário de um Lead data scientist em Nova Iorque está entre os 123 mil e os 255 mil dólares. Nos mesmos escritórios do estado norte-americano, um Senior data scientist recebe entre 112 mil a 222 mil euros.

Na CISCO, um data architect a trabalhar nos escritórios da empresa na Califórnia pode receber entre 142 mil a 216 mil dólares. O salário de um engenheiro de machine learning da ServiceNow, a empresa especializada em computação na Cloud, está entre os 155 mil e os 210 mil dólares.

Recorde-se que, do outro lado do Atlântico, a economia dos dados e do conhecimento também é vista como um dos grandes potenciais de desenvolvimento. Os mais recentes dados do European Data Market deram a conhecer que, em 2019, o valor da economia dos dados ultrapassou a marca dos 400 mil milhões de euros, representando um crescimento de 7,6% face ao ano anterior.

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Apesar da tendência positiva de crescimento, a ferramenta de monitorização do European Data Market continua a registar um desequilíbrio entre a procura e a oferta em matéria de profissionais de dados na Europa. Ao todo, existem 459 mil postos de trabalho por preencher nos 27 Estados Membros e Reino Unido, correspondendo a 76,2% de toda a procura.

Os especialistas preveem que o número de postos por preencher aumente para 496 mil em 2020. Já em matéria de previsões até 2025, estima-se que o “fosso” aumente drasticamente, podendo atingir 1,1 milhões, caso não sejam tomadas medidas para prevenir e minimizar o desequilíbrio.