Na semana passada, durante o Game Developers Conference, a Google revelou ao mundo os seus planos para a indústria dos videojogos, nomeadamente o serviço Stadia dedicado ao cloud gaming. Os analistas referem que a estratégia da Google é inteligente, tendo-se colocado numa posição de peso para abraçar uma fatia de uma indústria que, em 2021, poderá valer 174 mil milhões de dólares. Os especialistas, segundo a Business Insider, apontam a Apple como a próxima “outsider” a avançar com uma estratégia no gaming.

Segundo Daniel Ives, da Wedbush Securities, trata-se de uma oportunidade para a Apple entrar no mercado, aproveitando a boleia da próxima geração de videojogos que está a mudar-se para a cloud e streaming. O especialista afirma que há muito que a Apple se sente pressionada para abraçar a indústria, independentemente da proposta da Google, devido à importância do sector para a sua estratégia de oferta de serviços. Visão que é partilhada por Gene Munster da Loup Ventures, e um analista experiente da Apple.

Com as vendas do hardware a registarem uma desaceleração, nomeadamente o iPhone, a Apple vai avançar com diferentes serviços durante 2019, estando marcado para hoje as respetivas novidades. Para já, a marca da maçã deve avançar com os serviços de subscrição relacionados com o vídeo (piscando o olho ao Netflix) e um serviço de notícias (onde serão curadas diversas publicações digitais como parte do pacote).

Daniel Ives defende que o gaming seria a “bandeira” dos serviços de subscrição, com capacidade de atrair dezenas de milhões de assinantes nos próximos três anos.

Esta não seria a primeira vez que o nome da Apple está ligado aos serviços de gaming. A fabricante estará nos preliminares do serviço e em conversações com os produtores desde 2018. O objetivo da empresa é reunir uma coletânea de títulos, acessível através do pagamento de uma assinatura fixa.