Naquela que foi considerada o “maior crime de roubo de segredos industriais que alguma vez tinha visto”, para o juiz que julgou o caso, Anthony Levandowski foi perdoado por Donald Trump, tendo sido o último ato como presidente dos Estados Unidos. Anthony Levandowski havia sido condenado em agosto por 18 meses de prisão por ter roubado segredos industriais à Google, utilizando-os em proveito próprio para vender a terceiros.

O ex-trabalhador da Google pertencia à divisão de veículos autónomos da Google, que agora é a Waymo, tendo saído para fundar a sua empresa Otto, dedicada a camiões autónomos, adquirida depois pela Uber. Antes de sair da gigante tecnológica, Anthony Levandowski fez o download de milhares de ficheiros da empresa para o seu portátil, com o fim de os vender.

Levandowski acabou por ser despedido da Uber quando soube do processo instaurado pela Google. Houve batalhas legais entre o ex-funcionário que foi ordenado a pagar 179 milhões de dólares à Google. E por outro lado, Levandowski processou a Uber por milhares de milhões de dólares perdidos no negócio da sua empresa Otto.

Segundo refere o The Verge, o condenado nunca chegou a iniciar a sua pena de prisão de 18 meses, tendo sido adiada pelo juiz devido à pandemia de COVID-19. A clemência dada por Donald Trump baseia-se no suporte de figuras ligadas à indústria tecnológica, incluindo Palmer Luckey, fundador da Oculus e Anduril. Ao todo, Donald Trump deu o perdão a 73 pessoas e comutou penas de prisão a outros 70, onde se incluem figuras como o rapper Lil Wayne e Steve Bannon.