Um novo estudo do ManpowerGroup detalha que a inflação e as previsões de abrandamento da economia para 2023 estão a gerar perspetivas de criação de emprego mais "moderadas" nas empresas em Portugal. Os dados dão a conhecer que 31% dos empregadores afirmam que vão recrutar este ano, com 49% a indicarem que pretendem manter o atual número de colaboradores e 19% a anteverem uma redução nas suas equipas.

O estudo aponta para uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de mais 12% para o primeiro trimestre de 2023. Os especialistas realçam, no entanto, que o valor representa uma descida de 15 pontos percentuais face ao último trimestre, assim como uma de 25 pontos percentuais em comparação com o período homólogo em 2022. Os valores posicionam Portugal abaixo da média da região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África). 

O sector das Tecnologias da Informação está entre os que apresentam as previsões de contratação mais otimistas. Aqui incluem-se também os sectores da Energia e Utilities, Finanças e Imobiliário e Serviços de Comunicação.

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Energia e Utilities é o setor que apresenta as perspetivas mais positivas, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de mais 43%. Segue-se a área das Tecnologias da Informação, com uma Projeção de mais 28%. Note-se que a Projeção representa, porém, uma descida de 10 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior, e uma redução de 39 pontos percentuais face ao mesmo trimestre de 2022.

Grande Porto e Região Centro com Projeções favoráveis

O estudo indica que todas as regiões de Portugal apresentam previsões favoráveis quanto à evolução das contratações no primeiro trimestre de 2023, embora apenas uma evolua positivamente em comparação com o trimestre anterior.

O Grande Porto que apresenta a Projeção para a Criação Líquida de Emprego mais "sólida", com um valor de mais 23%. No entanto, a região regista uma evolução negativa de menos 16 pontos percentuais desde o último trimestre e de menos 23 pontos percentuais em comparação com a previsão para o período homólogo em 2022.

Já a região Centro, com uma Projeção de mais 22%, é a única que apresenta uma evolução positiva face ao trimestre anterior, registando um crescimento de três pontos percentuais. Por outro lado, face ao mesmo período no ano passado, a região regista um decréscimo de oito pontos percentuais.

As regiões Norte, Grande Lisboa e Sul (mais 9%, mais 8% e mais 6%, respetivamente) apresentam Projeções mais moderadas. O estudo realça que a região Sul é a que apresenta a quebra mais acentuada na evolução das intenções de contratação trimestre a trimestre, com uma descida de 33 pontos percentuais.

Em linha com as Projeções a nível nacional, todas as empresas portuguesas inquiridas pelo ManpowerGroup preveem começar o ano a aumentar as suas equipas, se bem que exista uma evolução negativa face ao último trimestre e ao início de 2022.

De acordo com os dados, as Microempresas destacam-se com uma Projeção de mais 14%, um valor que representa menos 4 pontos percentuais do que no último trimestre e menos 11 pontos percentuais do que no mesmo período em 2022. As Grandes Empresas, as empresas de Pequena Dimensão e as Médias Empresas apresentam projeções mais moderadas: mais 13%, mais 11% e mais 10%, respetivamente.

As Grandes Empresas registam a maior redução nas perspetivas de recrutamento, com o valor a traduzir-se num decréscimo de 24 pontos percentuais face ao trimestre passado e num de 31 pontos percentuais em comparação com o início do ano passado.

Intenções de contratação diminuem a nível global

A nível global a Projeção para a Criação Líquida de Emprego situa-se nos mais 23%, um valor que significa um  decréscimo de 6 pontos percentuais em relação ao trimestre passado e de 14 pontos percentuais face ao mesmo período em 2022.

O estudo avança que, dos 41 países e territórios inquiridos, 38 contam perspetivas de contratação positivas, mas 29 apontam para um abrandamento em relação ao trimestre anterior. Entre os países com Projeções mais positivas destacam-se Panamá, Costa Rica e Canadá (mais 39%, mais 35% e mais 34%, respetivamente).

Olhando para a região EMEA em específico, a Áustria e a Turquia mostram as intenções mais elevadas, com mais 29%. Aqui, Portugal ocupa o décimo sexto lugar da tabela, com seis pontos percentuais a menos da média da Região.

Em relação à média Global, o Portugal posiciona-se onze pontos percentuais abaixo. Neste contexto, a Hungria é o país que se destaca-se nas Projeções menos ambiciosas, com uma Projeção negativa de menos 8%. Segue-se a Polónia, com menos 2%, e a República Checa, com uma Projeção que, apesar de positiva, se situa apenas nos mais 1%.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 18h20)

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