Com a chegada do novo ano, as gigantes tecnológicas dão agora a conhecer os seus resultados financeiros relativos aos últimos três meses de 2020. Embora tanto a Alphabet como a Amazon tenham as suas sessões de apresentação de resultados marcadas para o próximo dia 2 de fevereiro, a Apple, o Facebook e a Microsoft já revelaram que o panorama do final do ano passado foi positivo, superando as expetativas.
No fecho do trimestre que acabou a 26 de dezembro, a gigante de Cupertino bateu um novo recorde, alcançando receitas na ordem dos 111,4 mil milhões de dólares, um valor que representa uma subida de 21% face ao mesmo período em 2019. Em relação ao ano passado, os seus lucros subiram dos 22,23 para os 28,75 milhões de dólares.
O relatório da empresa liderada por Tim Cook dá a conhecer que as receitas resultantes da venda dos seus serviços atingiram 15,76 milhões de dólares. Já no que toca aos produtos, o valor cresceu para os 95,67 milhões de dólares e, do total, 65,6 milhões correspondem às vendas de iPhones.
Na conferência virtual de apresentação dos resultados, a 27 de janeiro, Tim Cook e Lucas Maestri, Chief Financial Officer (CFO) da Apple, revelaram também que, ao todo, existem atualmente 1,65 mil milhões iPhones ativos.
Um novo relatório da consultora IDC avança que, no último trimestre do ano, a Apple foi a fabricante que mais se destacou, ocupando 23,4% da quota do mercado e tendo colocado nas lojas 90,1 milhões de equipamentos.
O valor representa um aumento significativo face ao período homólogo em 2019, altura em a empresa que tinha lançado 73,8 milhões e apresentava uma quota de mercado de 20%. O lançamento da linha iPhone 12, que representou também a estreia a empresa no 5G, deu-lhe um novo alento, registando vendas elevadas.
Refletindo os lançamentos da empresa no final de 2020, as vendas de computadores Mac totalizaram 8,68 milhões de dólares no trimestre em questão, com as de iPads a ascender aos 8,43 milhões. Por outro, a categoria dos wearebles, Home e Acessórios “saltou” dos 10,01 para os 12,97 milhões de dólares.
Facebook com resultados otimistas, mas incerto quanto ao futuro
No último trimestre de 2020, as receitas da empresa liderada por Mark Zuckerberg ultrapassam os 28 milhões de dólares, com 27,18 milhões a originarem na publicidade. O valor representa uma subida de 31% em relação ao mesmo período em 2019. O Facebook registou lucros na ordem dos 11,21 milhões de dólares, num crescimento de 53% face ao mesmo trimestre no ano anterior.
Os dados do relatório financeiro da empresa detalham que, em dezembro de 2020, o Facebook tinha 1,84 mil milhões de utilizadores ativos diariamente, apresentando um aumento de 11% face ao período homólogo. A nível de utilizadores ativos mensais, o valor cresceu 12%, perfazendo 2,8 mil milhões.
Olhando para a “família” de apps da empresa, que inclui o Messenger, o Instagram e o WhatsApp, o número de utilizadores ativos diários alcançou 2,6 mil milhões de utilizadores ativos diários, num aumento de 15%, e 3,3 milhões de utilizadores mensais, numa subida de 14%.
A categoria de “Outros”, que inclui o negócio de realidade virtual da Oculus, também apresentou resultados positivos, gerando receitas de 885 milhões de dólares e apresentando um crescimento de 156%. No período homólogo, o mesmo indicador situava-se nos 346 milhões.
No entanto, o Facebook manifesta alguma preocupação quanto ao futuro e admite que manter o mesmo ritmo de crescimento acelerado em 2021 será uma tarefa complicada, seja pelos impactos da pandemia no negócio da publicidade, pela incerteza que existe quanto à transferência transatlântica dos dados dos utilizadores e ao escrutínio dos reguladores europeus.
Além disso, as mudanças nas políticas da App Store, com a implementação de “etiquetas de privacidade” nas aplicações, e os planos da empresa da maçã para dar aos utilizadores o direito de escolherem se querem ou não ser rastreados para ter publicidade direcionada, podem ter um impacto nos resultados financeiros do Facebook.
Microsoft com “boom” nas receitas no negócio da Cloud
No que diz respeito ao trimestre que terminou a 31 de dezembro do ano passado, as receitas da Microsoft registaram uma subida de 17% face ao período homólogo, situando-se agora nos 43,1 mil milhões de dólares. Já os lucros, que passaram para os 15,5 mil milhões de dólares apresentaram um crescimento de 33%.
De acordo com os dados da tecnológica de Redmond, o segmento da Cloud teve um “boost” no período em análise, em particular, graças às mudanças causadas pela pandemia e que levaram a uma maior adoção do trabalho remoto e do ensino à distância. Amy Hood explica que, ao todo, as receitas dos serviços comerciais na “nuvem” tiveram um crescimento de 34%, situando-se agora nos 16,7 mil milhões de dólares.
Em específico, o negócio de “Intelligent Cloud” alcançou receitas de 14,6 mil milhões de dólares, crescendo 23% face ao mesmo período no ano passado.
Já no segmento da produtividade de processos empresariais, que inclui o Microsoft Teams, os produtos da suite Office 365, o LinkedIn e também alguns serviços na Cloud, apresentou receitas na ordem 13,4 mil milhões de euros, mais 13% do que no período homólogo.
A área do “Personal Computing”, relativa ao Windows, à Xbox, ao motor de busca Bing e à linha de equipamentos Surface, também cresceu em relação a 2019, com receitas nos 15,1 mil milhões de dólares.
Em especial, as receitas da Xbox, tiveram uma subida de 40%, em parte devido ao lançamento da nova geração de consolas Xbox Series X|S. A empresa destaca também que as receitas da linha de equipamentos Surface conseguiram ultrapassar pela primeira vez os 2 mil milhões de dólares.
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