
A Microsoft terá planos para aumentar a diferença de preços entre a versão do Office 365 com e sem Teams, para evitar novas multas na Europa e pôr fim a um processo de investigação às práticas comerciais da empresa, no que se refere à agregação de produtos.
A informação está a ser avançada pela Reuters, que cita três fontes conhecedoras do processo e refere-se aos avanços relacionados com uma queixa apresentada há cerca de cinco anos pelo Slack, da Salesforce, às autoridades europeias.
A queixa acusava a Microsoft de práticas anticoncorrenciais, ao integrar a aplicação de videoconferência Teams com o Office, de tal forma que prejudicava as oportunidades de os concorrentes com produtos na mesma área se apresentarem como uma alternativa atrativa à aplicação.
Para evitar consequências maiores, em 2023 a Microsoft já tinha posto em práticas alterações a esta política e passou a vender duas versões do Office 35 na Europa, com e sem Teams, com uma diferença de preço de 2 euros. Uma versão isolada do Teams passou a estar disponível por 5 euros. Mais tarde alargou o âmbito da medida à escala global.
A CE devolveu a palavra aos concorrentes da gigante do software, para receber feedback sobre o impacto real da medida na concorrência. O prazo para respostas terminará esta semana e depois disso a CE decide se avança ou não com um teste de mercado. A julgar pelas novas medidas que a empresa se prepara para propor, não será positivo.
As fontes contactadas pela Reuters também dizem que, além de estar disponível para aumentar a diferença de preços entre o Office com e sem Teams, a Microsoft vai mostrar à CE que desenvolveu esforços para melhorar a integração de alternativas de outros fabricantes com a sua suite de produtividade.
As multas europeias por práticas anti-concorrenciais podem chegar a 10% da faturação global das empresas. A Microsoft conhece o rigor das autoridades europeias nesta matéria e no passado, antes da atual legislação estar em vigor, já enfrentou outros processos emblemáticos que tinham no centro o mesmo tipo de estratégia de agregação de produtos, que resultaram em multas de 2,2 mil milhões de euros para a dona do Windows.
Entretanto, em França, a Microsoft tem outro processo pela frente, também por questões ligadas à concorrência. O regulador local anunciou que está a investigar a empresa, por suspeitas de que esta esteja a degradar a qualidade do serviço prestado aos parceiros que usam a tecnologia do Bing para integrar nos seus próprios motores de busca.
Fonte oficial da Microsoft já disse que a empresa está a cooperar com as autoridades na investigação, prestando os esclarecimentos necessários. A notícia foi avançada em primeira-mão pela Bloomberg, lembrando que, embora a Microsoft não tenha uma posição de destaque no mercado mundial de browsers, é a mais ativa no licenciamento da sua tecnologia de pesquisa para integração em produtos de terceiros.
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