Os fundadores da Google, Larry Page e Sergey Brin, anunciaram esta terça-feira que vão deixar as funções executivas que mantinham na Alphabet, passando a ser presidida pelo também atual CEO da Google, Sundar Pichai. A decisão surge numa altura de especial tensão entre vários colaboradores da empresa e a gigante tecnológica, cujas reações se fizeram notar nas redes sociais.
Por considerarem que a Alphabet e a Google já não precisam de dois CEO e um presidente, os fundadores da Google tomaram a decisão de abandonar os seus cargos, depois de terem fundado a gigante tecnológica em 1998.
Agora cabe a Sundar Pichai liderar o barco daquela que se transformou numa companhia complexa, com um poder enorme no mundo da tecnologia, que se estende a todo o globo. Na sua conta de Twitter o atual CEO da Google elogiou o trabalho dos dois fundadores, referindo ser graças a eles que a companhia se rege por uma "missão intemporal" e com "valores duradouros", numa "cultura de colaboração e exploração", assente numa "base sólida" que o CEO da Google quer continuar a desenvolver.
No entanto, há quem não tenha a mesma opinião. No final de novembro a Google despediu quatro trabalhadores devido a "evidentes e repetidas violações da política de privacidade e proteção de dados pessoais" e agora alguns deles vêm mostrar o seu desagrado com esta decisão.
Uma delas é Rebecca Rivers, que na altura confirmou o despedimento na sua conta de Twitter. Desta vez, a antiga colaboradora da empresa acusa os fundadores de terem “abandonado” a Google e a Alphabet, fugindo da sua criação que não correu bem.
Opinião semelhante tem a conta de Twitter "Google Walkout For Real Change", que acusa os fundadores da empresa de, em vez de terem endireitado o navio, terem saltado dele. "E apenas colaboradores como os quatro que foram despedidos poderão consertar a Google", lê-se no tweet.
Mudanças não abrandam escrutínio às práticas da Google
Para além dos conflitos internos, a Google e a Alphabet têm enfrentado um escrutínio sem precedentes dos reguladores da concorrência e das autoridades de proteção de dados. Isso acontece na Europa, onde a Google já soma mais de 8 mil milhões de euros em multas, mas também nos Estados Unidos.
Em território norte americano, é Elizabeth Warren, candidata a presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2020, uma das caras desta vigilância. A senadora pelo estado de Massachusetts já congratulou a decisão de mudança de Larry Page mas avisa que esta atitude não o pode, nem irá, isentar de responsabilidade.
A mudança de liderança surge numa altura em que a casa-mãe da Google já é mais rica do que a Apple, tornando-se a empresa com mais dinheiro nos cofres, depois de um aumento de 20 mil milhões de euros de 2017 para 2019. Agora resta aguardar para saber o possível impacto que terá na companhia e na empresa.
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