O PoSAT-1 vai deixar de ser o único satélite desenvolvido em Portugal alguma vez lançado. Se as condições exigidas estiverem reunidas, na primeira semana de março é a vez do Aeros seguir viagem, à boleia de um Falcon 9, da SpaceX.
Com um investimento de 2,78 milhões de euros, o Aeros foi desenvolvido em Portugal por várias entidades, entre elas a Thales e a CEiiA, e as universidades do Técnico, Algarve, Minho e Porto, além do MIT.
Classificado como um nanossatélite, pesa 4,5 kg, tem um corpo de 30 cm de comprimento e 50 cm de largura e vai orbitar a 510 quilómetros de altitude e à velocidade de 7 km/s, ou seja, dará uma volta à Terra a cada 90 minutos.
Tem como missão estudar os oceanos e enviar as imagens recolhidas para um centro de operações instalado na ilha de Santa Maria e tratadas em Matosinhos.
Antes de ter luz verde final para o lançamento, o satélite passou pelas instalações do Grupo ISQ, em Castelo Branco, no Laboratório de Ensaios Especiais, apetrechado com equipamento únicos em termos de escala e complexidade, onde foi realizada uma campanha de testes ambientais. Este laboratório integra vários túneis termodinâmicos, uma câmara de termo vácuo, um shaker para ensaios de vibração e um laboratório de ensaios estruturais.
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O lançamento do Aeros está previsto para os primeiros dias do próximo mês de março, a partir da Base de Vandenberg, na Califórnia, EUA. Se acontecer, o PoSAT-1 deixará de ser o único satélite lançado por Portugal até à data.
O país tem vindo a percorrer um longo caminho na construção de um ecossistema de atividades de suporte ao Espaço e 2024 traz outros projetos de peso, como o centro tecnológico de Santa Maria, que inclui o Porto Espacial.
Em entrevista ao SAPO TEK, Ricardo Conde, presidente da Portugal Space, tinha voltado a admitir, que uma das maiores intenções do centro tecnológico de Santa Maria é assegurar o “made in flight” do Space Rider, que tem o seu primeiro voo programado para o final do próximo ano, entretanto reagendado.
“Estamos a construir o centro tecnológico espacial nesta perspetiva: fazer com que o Space Rider aterre em Santa Maria. Neste momento a probabilidade é de 50/50”, sublinhou.
Mais recentemente a ESA admitiu que Santa Maria, nos Açores, continua a ser uma das melhores opções como local de aterragem para a nave de carga. A decisão deverá surgir durante o segundo trimestre de 2024.
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