Um novo estudo da Equinix revela que mais de 60% dos líderes de TI em Portugal não se sentem suficientemente preparados para lidar com uma regulamentação mais rígida sobre a soberania e privacidade dos dados.

Os dados avançados indicam que 81% dos líderes de TI em Portugal estão muito preocupados com o cumprimento dos regulamentos de proteção de dados. 

De acordo com o estudo, 54% dos inquiridos consideram que a crescente exigência dos requisitos regulatórios em torno da privacidade dos dados é um desafio. Por comparação, em 2022, esta era vista como um desafio para 50% dos líderes de TI.

Entre os principais motivos que levam os líderes de TI a considerar que não estão preparados para regras mais rígidas estão “infraestrutura insuficiente” (67%), “falta de expertise interna” (66%) e os “custos que a compliance poderá implicar” (64%).

O estudo realça que garantir, gerir, aceder e disponibilizar dados em grande escala é uma tarefa cada vez mais complexa.

Existem várias jurisdições por todo o mundo que estabelecem regulamentos próprios que definem a forma como as empresas acedem e usam os dados. Os regulamentos permitem também aos governos determinar de que modo os dados dos seus cidadãos são processados e armazenados por entidades estrangeiras.

Caso um país ou região implementasse leis estritas sobre a soberania dos dados, 40% dos líderes de TI em Portugal afirmam que precisariam de efetuar grandes mudanças e potencialmente atrasar os seus planos de expansão.

Já 27% dos entrevistados no nosso país revelam que necessitariam de fazer pequenas alterações aos seus planos de expansão. Por outro lado, 12% admitem que considerariam cancelar os seus planos de expansão.

Os especialistas da Equinix detalham que o desenvolvimento de uma estratégia de soberania na nuvem pode ajudar as empresas a gerirem os riscos associados ao armazenamento de dados em vários países.

Esta estratégia torna-se também cada vez mais importante à medida que empresas e governos reúnem esforços para limitar a sua exposição e manter o controlo sobre dados críticos.

Com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) a assumir-se como uma referência nesta área, a Equinix realça que as empresas da região EMEA devem garantir que as suas operações digitais estejam em conformidade com os regulamentos novos e futuros que incidam sobre dados e privacidade.