A Waymo, da propriedade da Alphabet, casa mãe da Google, vai deixar de usar o termo "self-driving", passando para "condução totalmente autónoma". A decisão da empresa de desenvolvimento de tecnologia para carros autónomos pode surgir como um "movimento" de como muitos poderão ver como um golpe contra a Tesla.
O anúncio da empresa adquirida pela Alphabet em 2016 e que desenvolve carros autónomos desde 2009 surgiu num comunicado onde explica a razão da decisão. “Pode parecer uma pequena mudança, mas é importante, porque a precisão na linguagem importa e pode salvar vidas”, defende a Waymo.
No comunicado, a empresa espera que esta decisão "ajude a diferenciar a tecnologia totalmente autónoma que a Waymo está a desenvolver de tecnologias de apoio ao condutor", com a empresa a considerar que muitas vezes se fala de forma errada em relação a tecnologias de condução autónoma.
Numa aparente crítica à Tesla, a empresa deixa ainda outro comentário: “infelizmente, vemos que alguns fabricantes de automóveis usam o termo "self-driving" de forma imprecisa, dando aos consumidores e ao público em geral uma falsa impressão das capacidades de assistência, não totalmente autónomas.
Essa falsa impressão pode levar alguém, sem saber, a cometer erros que podem colocar em risco não apenas a sua própria segurança, mas a das pessoas ao seu redor. A empresa dá como exemplo condutores que tiram as mãos dos volantes dos veículos, mas a verdade é que isso é algo que a Tesla deixa claro que não deve ser feito.
A Waymo está a fazer referência a incidentes com vários carros da Tesla. Em 2016, por exemplo, com a função autopilot, um modelo da empresa esteve envolvido num acidente, levando à morte do condutor. No entanto, um inquérito já veio concluir que o homem que morreu num Tesla Model S tirou as mãos do volante durante largos períodos de tempo, apesar dos avisos contínuos que pediam que assumisse o controlo do veículo.
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