Vivemos em tempos marcados por uma grande mudança tecnológica e, à medida que a inteligência artificial e outras tecnologias disruptivas se tornam mais semelhantes aos humanos e intuitivas para as pessoas, ou “Human by Design”, está aberta uma nova era de produtividade e criatividade, aponta um novo estudo da Accenture.

Os dados avançados pelo estudo indicam também que caminhamos para um mundo onde a tecnologia que nos rodeia se tornará mais omnipresente, mas também mais "invisível". Com a IA generativa a tornar-se mais "humana" na sua natureza, os especialistas indicam que são geradas novas oportunidades para as pessoas ampliarem o seu potencial e para a reinvenção dos negócios como os conhecemos.

O estudo detalha que a IA generativa tem o potencial de impactar 44% de todas as horas de trabalho nas atividades económicas, além de permitir melhorias na produtividade em 900 tipos de empregos diferentes e de gerar entre 6 e 8 mil milhões de dólares em valor económico global.

“À medida que a IA, a computação espacial e as tecnologias de sensibilidade corporal evoluem até um ponto em que a tecnologia parece imitar as capacidades humanas e ser invisível, o que acabaremos por ver são as pessoas dotadas com novas capacidades para realizar coisas que antes consideravam impossíveis”, afirma  Paul Daugherty, Chief Technology and Innovation Officer da Accenture, citado em comunicado.

Nas palavras do responsável, esta mudança sistémica na forma como as pessoas trabalham, vivem e aprendem vai "acelerar uma onda de mudanças sem precedentes em todos os setores".

As organizações que estão agora a desenvolver esforços para reinventar os seus negócios e formas de trabalhar utilizando tecnologias ‘Human by Design’ irão redefinir o que significa ser um líder setorial”, realça Paul Daugherty.

Os especialistas da Accenture apontam também um conjunto de tendências que serão essenciais no processo de evolução para tecnologias “Human by Design”. Entre elas enquadra-se a a reformulação da nossa relação com o conhecimento, tendo em vista um mundo em que os dados são reorganizados de formas que facilitam o raciocínio e até imitam a criatividade.

O estudo olha também para um futuro em que agentes capacitados para IA trabalham em nome de pessoas e fazem parte de um ecossistema interconectado. Segundo os dados avançados, 96% dos executivos concordam que o aproveitamento dos ecossistemas de agentes de IA será uma oportunidade significativa para a sua organização ao longo dos próximos três anos.

A criação de valor em novas realidades é outra das tendências realçadas, com foco em novos ambientes 3D criados com recurso a tecnologias como computação espacial, metaverso, "digital twins", assim como realidade aumentada e virtual. Nesse sentido, o estudo indica que 33% dos consumidores afirmam que estão, ou estariam, interessados em utilizar já tecnologias ou dispositivos de computação espacial para fazer compras.

Por fim, as interfaces humanas, como wearables alimentados por IA ou até neurotecnologia com deteção cerebral e rastreamento ocular e de movimento, poderão ajudar a compreender melhor comportamentos e interações, afirmam os especialistas. O conhecimento gerado poderá ser depois usado para melhorar o modo como trabalhamos e vivemos, transformando as interação homem-máquina, sendo esta uma ideia com a qual 94% dos executivos concordam.