O ano não começou da melhor forma para as tecnológicas e, com as ações a recuarem, os investimentos a abrandarem e a inflação a subir, são várias as empresas que têm planos para abrandar o recrutamento de novos colaboradores ou até para despedir parte dos seus funcionários.
Ainda na semana passada, Elon Musk, CEO da Tesla, terá ordenado uma pausa na contratação a nível internacional, avançou a Reuters. De acordo com um email enviado a executivos da Tesla, a que a agência noticiosa teve acesso, um mau pressentimento em relação à economia mundial estará na base da decisão do responsável.
Elon Musk terá também informado os executivos acerca dos seus planos para despedir 10% dos quase 100.000 funcionários da empresa, numa decisão que não se aplicaria a quem estivesse a trabalhar no desenvolvimento de automóveis e baterias ou na instalação de painéis solares.
No entanto o responsável acabou por voltar atrás na decisão. Em resposta a um utilizador do Twitter, Elon Musk deu a conhecer que, ao longo do próximo ano, o total de colaboradores poderá aumentar, embora o número de funcionários assalariados não venha a registar grandes mudanças.
Mas a Tesla não é a única gigante a passar por “águas turbulentas”. Da Nvidia à Snap, passando ainda pela Uber e pelo Twitter: colocar o processo de recrutamento em pausa está a tornar-se numa estratégia comum para múltiplas tecnológicas, detalha o website Yahoo Finance.
No final de maio, a Microsoft revelou que tinha intenções de abrandar a contratação de novos funcionários para as equipas estão a trabalhar nas áreas do Windows, Office e Teams, avançou a Bloomberg, alinhando as suas prioridades tendo em conta o atual contexto de incerteza a nível económico.
Segundo a CNBC, a Meta, que está à procura de formas de limitar despesas depois de rever em baixa as suas previsões de resultados financeiros, pretende também reduzir o número de novas contratações.
A Apple está a reduzir o número de funcionários nas suas lojas, numa decisão que, como explicam colaboradores da empresa à Bloomberg, estará relacionada com os esforços da tecnológica para limitar despesas. Já a Netflix confirmou em maio que despediria parte dos funcionários numa tentativa de limitar as suas despesas
Recorde-se que, recentemente, também a Klarma anunciou o corte de 10% dos seus trabalhadores, o equivalente a 700 dos seus 7.000 colaboradores, numa reavaliação do negócio. Acredita-se que a fintech sueca, que chegou a Portugal há cerca de um mês, poderá ter despedido pelo menos cinco colaboradores no país.
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