Apesar de todos os problemas que enfrentou nos Estados Unidos durante o mandato de Donald Trump, o TikTok está a planear expandir os seus negócios no país para a área do comércio online, numa tentativa de concorrer diretamente contra o Facebook.

De acordo com fontes a que o Financial Times teve acesso, os planos para 2021 da aplicação da Byte Dance envolvem a introdução de novas ferramentas que, por exemplo, permitirão aos utilizadores mais populares partilharem endereços para determinados produtos ou serviços online e ganharem uma comissão por cada venda efetuada, mesmo que não sejam formalmente patrocinados por uma marca ou empresa em específico.

Entre os planos está uma nova funcionalidade onde as marcas presentes no TikTok terão a possibilidade partilharem catálogos dos seus produtos. A introdução de livestreams onde se apresentam novos produtos ou serviços está na “calha”, numa espécie de versão mobile dos canais de televendas.

Ao que tudo indica, a empresa poderá também estar a preparar funcionalidades que dão às marcas uma maior facilidade no que toca à colocação dos seus próprios anúncios na plataforma.

A expansão do TikTok no mundo do ecommerce nos Estados Unidos surge após a empresa ter estabelecido uma parceria com a plataforma Shopify em outubro do ano passado.

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Recorde-se que ainda em 2020, o Facebook anunciou a chegada de um novo serviço onde as pequenas empresas podem vender os seus produtos: o Facebook Shops.

O serviço está disponível dentro da página de Facebook ou perfil de Instagram de uma empresa, onde os comerciantes poderão vender produtos através de anúncios ou de stories. Para determinados países, como Portugal, as encomendas só poderão ser feitas a partir do website da própria empresa. Já em junho do mesmo ano, o Instagram decidiu “suavizar” os requisitos de admissão às funcionalidades comerciais da rede social, com o Instagram Shopping a albergar criadores independentes.