O Twitter comprou a Cloudhopper, uma empresa que fornece tecnologia para SMS. A aquisição da start-up faz parte de um reforço da estratégia que deverá permitir à rede social de microblogs expandir o seu negócio no que respeita ao acesso a partir de plataformas móveis.

O negócio foi anunciado durante este fim-de-semana, numa mensagem publicada online pelo responsável pela área de desenvolvimento móvel do Twitter, mas não foi desvendado o valor do montante associado à transacção.

Na mensagem, Kevin Thau explica que o serviço de microblogging esteve sempre, na sua génese, associado ao conceito das SMS, tendo sido inspirado por estas, e que o limite de 140 caracteres para os tweets foi concebido para permitir a leitura das mensagens em qualquer telemóvel (e não só de dispositivos sofisticados).

A compra da Cloudhopper faz parte de uma estratégia de investimento nas plataformas móveis e a relação entre as tecnológicas não é nova, explica o mesmo responsável, que afirma que as empresas têm trabalhado em conjunto "durante os últimos oito meses", para fazer do Twitter "um dos programas com maior volume de SMS do mundo".

Numa altura em que, segundo a empresa, o serviço processa quase mil milhões de tweets através de SMS por mês (e regista uma tendência de crescimento), a rede social opta por adquirir a sua parceira, que disponibiliza a infra-estrutura para o serviço de SMS do Twitter e permite a ligação directa com redes de operadoras móveis em todo o mundo.

Esta é a segunda vez este mês que o serviço de microblogging vai às compras de start-ups especializadas na área das SMS: no início de Abril tinha sido a vez da Atebits, responsável pela criação da Tweetie, uma aplicação para acesso ao serviço a partir de telemóveis.

O esforço para reforçar os serviços em nome próprio nesta área revela uma alteração da estratégia inicialmente seguida pelo Twitter. Apesar de contar com grande tráfego gerado a partir de plataformas móveis, a rede social começou por apoiar-se na abertura da sua plataforma a todos os programadores independentes para que estes desenvolvessem as aplicações que entendessem.