A acusar a empresa de São Francisco está Kevin Halpern, um empreendedor que garante ter começado a desenvolver a tecnologia que a Uber usa em 2002, numa empresa que detém e que se chama Celluride Wireless.



Terá prosseguido no processo até 2008, pelo caminho criou mesmo um piloto e um modelo, informação que partilhou com o CEO e cofundador da Uber, Travis Kalanick. Em 2009 este avançou para a criação da Uber e deixou-o fora do projeto.



A Uber, que entretanto se transformou na segunda startup financiada por capital de risco mais valiosa do mundo (está avaliada em 41,2 mil milhões de dólares), já reagiu e garante que as acusações são totalmente infundadas, assegurando que vai contestá-las vigorosamente.



Kevin Halpern não tem patentes da tecnologia que garante ter desenvolvido, mas terá documentos selados a partir dos quais alega que é possível provar que a tecnologia hoje usada pela Uber começou a ser desenvolvida anos antes, por si.



Ao processo judicial que visa diretamente a Uber, juntam-se processos contra os dois cofundadores da empresa e contra as capitais de risco que num momento inicial investiram na companhia.



Este não é o primeiro processo do género levado à justiça por Kevin Halpern. Em 2009 também reclamou a coautoria de um projeto. O processo acabou por ser resolvido no âmbito de um acordo entre as partes no ano passado.

A Uber centra o negócio numa aplicação para telemóvel que junta quem procura transporte a quem pode fornecê-lo. É uma alternativa ao serviço de táxi, mas que se realiza entre particulares.
O conceito tem mobilizado a indústria de transporte privado e em vários países foram movidas providências cautelares para travar a operação da Uber. Portugal não é exceção e o pedido já foi aceite pelo tribunal, mas o serviço continua a funcionar.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico