A fase principal do leilão do 5G, na qual participam operadoras como a MEO, a NOS e a Vodafone, avançou hoje para o seu 31º dia, num processo que superou largamente a duração da fase reservada a novos entrantes no mercado móvel português e que, para já, ainda não tem um fim à vista.
A Anacom avança que hoje tiveram lugar seis rondas, com as licitações a atingirem os 236,69 milhões de euros. O valor representa uma subida de 1,537 milhões de euros em relação ao que foi atingido no dia anterior.
Ao todo, a soma das licitações da fase dos novos entrantes, que ultrapassaram os 84 milhões de euros, com as que foram alcançadas hoje na fase principal resulta num valor que já ultrapassou o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões de euros, situando-se na ordem dos 321,046 milhões.
No que respeita a mudanças face ao dia anterior, é possível constatar apenas alterações nas propostas das operadoras relativamente à faixa dos 3,6 GHz, onde hoje há subidas nas ofertas de 24 dos 40 lotes disponíveis. Aqui verifica-se uma dinâmica de crescimento das propostas que leva a aumentos a rondar, no máximo, os 117% em relação ao preço de reserva.
Fora de mudanças, recorde-se que a faixa dos 2,1 GHz, onde ocorreu a maior das movimentações até à data, apresenta licitações na ordem dos 10,6 desde 22 de janeiro, num crescimento de mais de 400% face ao preço de reserva de espetro.
O interesse das operadoras também centrou-se na dos 2,6 GHz, uma faixa de espectro que assegura também capacidade de cobertura de rede alargada e que apresenta crescimentos de valor acima dos 90%. Na faixa dos 700 MHz, o preço de licitação continua nos 19,2 milhões de euros e um dos lotes não recebeu ofertas desde o início da fase principal do leilão.
Os quatro lotes disponíveis na faixa dos 900 MHz também não registam alterações em relação ao preço de reserva de 6 milhões de euros. Porém, se as operadoras considerarem que faz sentido para a sua estratégia, podem surgir eventualmente novas propostas.
De acordo com o regulamento, o leilão só terminará quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação das licenças e, por fim, a atribuição. Só depois é que podem avançar as ofertas comerciais.
Nota de Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h02)
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