O leilão do 5G continua ainda sem um fim à vista e a fase principal, que decorre desde o dia 14 de janeiro, entrou hoje no seu 86º dia. Nas sete rondas de hoje, as licitações atingiram os 300,867 milhões de euros, registando uma subida de 946 mil euros em relação ao dia anterior.
Sem fugir à tendência dos últimos meses, a faixa dos 3,6 GHz continua a ser a única a registar mudanças. Hoje, há aumentos em relação às propostas de 19 dos 40 lotes disponíveis. Verifica-se também uma dinâmica de crescimento face ao preço de reserva que leva a subidas a rondar no máximo os 270%, ultrapassando a valorização registada nos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz.
A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta já num valor que é superior a 385 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom, assim como o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011.
O prolongamento do leilão tornou impossível cumprir o calendário proposto pela Anacom, que queria ter serviços comerciais ainda no primeiro trimestre de 2021. Ainda em abril, a entidade reguladora apresentou uma proposta de alteração das regras para tornar o acelerar o processo: uma decisão não foi bem recebida pelas operadoras: tanto a Altice Portugal, como a NOS e a Vodafone manifestaram-se negativamente, criticando a atitude da entidade reguladora e ameaçando com processos em tribunal.
Recorde-se que ontem Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, considerou que a crítica e a litigância "tem tomado conta da discussão pública do setor das telecomunicações", numa alusão, sem referência direta, ao conturbado processo do leilão do 5G.
Durante o 30.º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), o ministro garantiu que o investimento público em redes de comunicações de nova geração "vai avançar" nos locais onde os operadores privados não chegam.
Pedro Nuno Santos destacou três "dimensões fundamentais da política de comunicações onde se colocam desafios muito importantes": a acessibilidade infraestrutural, a acessibilidade tarifária e da informação e mobilidade. "As obrigações de cobertura inscritas no leilão do 5G são um passo importante, porque o seu cumprimento pelos operadores garantirá que, até 2025, 95% da população e 90% das freguesias de baixa densidade têm cobertura de qualidade de 4G", afirmou.
"Queremos fazer de Portugal um ponto geoestratégico da economia de dados" e "é por isso que estamos a criar as melhores condições para a localização de cabos submarinos e a instalação de centros de dados para que as empresas escolham Portugal para operar, criar emprego qualificado e impulsionar a ciência, a tecnologia e os serviços digitais", sublinhou o ministro.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 19h26)
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