Um novo estudo revela que a integração de redes não-terrestres (NTN, na sigla em inglês) no ecossistema do 5G mobile tem o potencial  para chegar a um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares até 2031.

Os especialistas da ABI Research avançam que, com o lançamento da Release 17 da 3GPP, este mercado ganhou um impulso significativo, destacando parcerias estratégicas entre a indústria mobile e de satélites, incluindo por empresas como a Apple, Huawei, Qualcomm, Motorola e Bullit. A par desta colaboração destacam-se também as parcerias entre operadoras de telecomunicações e operadoras de serviços de satélites, como o caso da T-Mobile e da Starlink, operada pela SpaceX, nos Estados Unidos.

Nas palavras de Victor Xu, analista na ABI Research citado em comunicado, o surgimento de equipamentos com suporte a ligações por satélite por parte de grandes fabricantes de smartphones e chips “sinaliza uma introdução iminente das comunicações via satélite no mercado de consumo generalizado”.

No entanto, o analista realça que é preciso ter em conta que os serviços recentemente anunciados “vão começar por dar prioridade a comunicações com uma taxa de transferência de dados baixa através de tecnologia IoT-NTN”.

Como detalha a ABI Research, os atuais serviços de comunicação por satélite focam-se principalmente em serviços especializados para casos de emergência. Mas espera-se que estas redes passem a incorporar o padrão NR-NTN nos próximos anos.

Este padrão baseado no 5G é mais avançado e poderá aumentar a capacidade das redes, permitindo mais utilizadores e aplicações com uma taxa de transferência de dados mais alta. Já o analista Andrew Cavalier indica que as perspectivas para este mercado são positivas, apresentando uma taxa de crescimento anual composta prevista de 59% entre 2024 e 2031.