A ANACOM partilhou em comunicado um relatório sobre as reclamações do sector das comunicações referentes ao primeiro semestre do ano, registando uma diminuição de 11% face ao mesmo período do ano passado, que por si havia crescido 25% em relação a 2017. A reguladora afirma que foram introduzidas 43 mil reclamações nos serviços de comunicações e 32 mil no sector das comunicações eletrónicas (menos 13%) e o sector postal 11 mil (menos 5%).

A reguladora contabiliza todas as queixas feitas no livro de reclamações físico e eletrónico, assim como todas as que foram enviadas diretamente para a ANACOM. É referido que não foram consideradas as reclamações feitas por contacto através de email, carta, call center ou presencialmente.

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A ANACOM considera relevante a redução registada e espera que a diminuição de reclamações continue a manter-se futuramente, em linha com as ações realizadas para “assegurar uma proteção máxima dos direitos dos utilizadores das comunicações, em todo o país, e em especial junto das populações mais vulneráveis”, avança no comunicado.

Entre as 32 mil reclamações das comunicações eletrónicas, a reguladora destaca a MEO com 37%, seguindo-se a NOS com 34%, a Vodafone com 25% e por fim a NOWO/ONI com 4%. É referido que a MEO foi o único prestador que registou uma diminuição de reclamações, em 32% face ao semestre homólogo, tendo em conta que nesse período havia crescido 105% na primeira metade de 2018.

Quanto ao assunto mais reclamado nas comunicações eletrónicas, a faturação de serviços foi a “vencedora”, com 31% das queixas, e igualmente o tema mais salientado para as quatro operadoras visadas: 33% da MEO, 28% da NOS, 30% da Vodafone e 38% da NOWO/ONI.