A demora na resolução de falhas de serviço foi o tema que motivou mais queixas à Anacom no domínio dos serviços de comunicações eletrónicas, ao longo do segundo trimestre deste ano. Estas queixas deram o mote a 16% das reclamações enviadas ao regulador, que também recebeu reclamações relacionadas com a ativação de serviços sem consentimento, o aumento de preços, a não concretização de condições contratuais ou a impossibilidade de barrar consumos adicionais de dados.
Os dados divulgados pela Anacom mostram ainda que as queixas relacionadas com demora ou não resolução de reclamações foram as que mais diminuíram no período. No extremo oposto estão as reclamações relacionadas com a ativação de serviços sem consentimento, que foram as que mais aumentaram.
A Vodafone foi o prestador de serviços mais reclamado, motivando cerca de 6 mil queixas ao regulador, que equivaleram a 36% do total das reclamações do sector e o único prestador de serviços de comunicações eletrónicas a ver aumentar este indicador. Foi alvo de 8% mais queixas entre abril e junho de 2022, que nos mesmos meses de 2021. Por sua vez, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações por mil clientes e o segundo mais reclamado no período em análise. A Meo e a Nowo seguiram-se, com 28% e 4% das reclamações, respetivamente.
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Em todos os principais operadores,a demora ou resolução deficiente de falhas nos serviços destaca-se entre os principais motivos de reclamação. Na Vodafone isso está refletido num quinto das reclamações, na NOS em 14% e na MEO em 12%.
No total, entre abril e junho, a Anacom recebeu 25,9 mil reclamações dos prestadores de serviços de comunicações, número que reflete um recuo de 9% face ao mesmo período do ano passado. A tendência de descida no número de reclamações verifica-se aliás há já cinco trimestres consecutivos, depois de atingir valores recorde durante a pandemia. Neste universo, as comunicações eletrónicas (a Anacom também regula os serviços postais) destacam-se com 16,8 mil reclamações geradas, ainda assim, menos 10% que no segundo trimestre de 2021.
Lisboa foi o distrito onde teve origem o maior número de reclamações (32 por 10 000 habitantes). Portalegre e Bragança aqueles de onde chegaram menos reclamações.
Esta quarta-feira, o Ministério da Economia e do Mar tinha já adiantado que foram submetidas 95.665 reclamações através do Livro de Reclamações Eletrónico, durante o segundo semestre, num decréscimo de 16% face ao período homólogo de 2021.
De acordo com a mesma fonte, “no que respeita ao número de reclamações que incidiram sob os serviços públicos essenciais, destacam-se as comunicações eletrónicas e serviços postais (39.373 reclamações) e a eletricidade e gás natural (10.005 reclamações) – sendo estes os setores mais reclamados no universo dos serviços públicos essenciais”.
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