No final de fevereiro de 2020, o Senado dos Estados Unidos aprovou a substituição dos equipamentos da Huawei das redes de telecomunicações do país. O objetivo era criar um fundo para ajudar as operadoras das zonas rurais a remover e substituir a tecnologia da Huawei e ZTE das suas infraestruturas. O executivo americano abriu agora um programa para dar continuidade às respetivas medidas, avançando com um valor de 1,9 mil milhões de dólares.
O programa vai abrir no dia 29 de outubro para as candidaturas, prolongando-se até ao dia 14 de janeiro de 2022, segundo avança a Reuters.
Em novembro de 2019, a Federal Communication Commission (FCC) tinha aprovado uma proposta que impede qualquer empresa de telecomunicações americana de recorrer aos 8,5 mil milhões de dólares do Universal Service Fund (USF) para comprar equipamento da Huawei e da ZTE. O principal problema estava nas zonas rurais, devido aos altos custos que as operadoras locais encontraram para proceder às operações de substituição de equipamento, além de encontrar trabalhadores qualificados para o fazer.
Os fundos agora disponibilizados pela FCC podem ser acedidos pelas empresas elegíveis com menos de 10 milhões de clientes. Inicialmente o plano era compensar apenas as operadoras com menos de 2 milhões de clientes. O valor avançado diz respeito à estimativa que o regulador fez de 1,837 mil milhões de dólares necessários para substituir os equipamentos da Huawei e ZTE das suas redes.
Em junho, a FCC colocou cinco empresas chinesas na sua lista negra, como sendo uma ameaça à segurança nacional da lei da proteção das redes de comunicações americanas. Além da Huawei e ZTE, constam ainda a Hytera Communications Corp, a Hangzhou Hikvision Digital Technology Co e a Zhejiang Dahua Technology Co. O Governo impede as agências federais de comprar produtos e serviços a estas cinco empresas.
De recordar que também o Reino Unido investiu mais de 280 milhões de euros para retirar os equipamentos da Huawei da sua infraestrutura 5G. O objetivo é remover todos os equipamentos da fabricante chinesa até ao final de 2027 e apostar no desenvolvimento de uma “rede 5G resiliente e segura”. A Suécia também decidiu banir a tecnologia chinesa da sua infraestrutura 5G. A Huawei recorreu da decisão, que tinha como fundamentos alegados riscos para a segurança nacional e que se baseou numa avaliação prévia dos serviços secretos e militares do país. O recurso levou o regulador das comunicações sueco a suspender o início do leilão de licenças para o 5G.
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