A fase principal do leilão 5G, que promete prolongar-se até que as regras se alterem, avançou para o seu 75º dia. Hoje, nas já habituais seis rondas, as licitações atingiram os 291,185 milhões de euros, numa subida de 864 mil euros em relação ao dia anterior.

Em linha com a tendência verificada ao longo das últimas semanas, o interesse das operadoras centrou-se de novo na faixa dos 3,6 GHz, onde a maioria dos lotes já vale mais de 4 milhões de euros. Os mais recentes dados da Anacom permitem constatar subidas nas propostas de 16 dos 40 lotes disponíveis.

É também possível verificar aumentos a rondar no máximo os 245% em relação ao preço de reserva, como é o caso do lote J02, cujo valor já ultrapassou a valorização registada no caso dos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz, que se mantém “parada” desde o 36º dia da fase principal. Recorde-se que, até agora, a única faixa que mais valorizou ao longo do processo foi a dos 2,1 GHz, cujo preço subiu mais de 400% face ao valor de reserva.

Fora de mudanças, o preço de licitação da faixa de 700 MHz, que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT, continua nos 19,2 milhões de euros, com um dos lotes a não receber qualquer oferta. O mesmo se passa na faixa de 900 MHz, com os quatro lotes a leilão não registaram qualquer alteração face ao preço de reserva.

A soma de ambas as fases do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, já é superior a 375 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões, assim como o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011.

O lançamento de serviços de 5G em Portugal torna-se uma meta cada vez mais complicada de se atingir, com o prolongamento do leilão a "deitar por terra" o objetivo da Anacom de lançá-los ainda no primeiro trimestre de 2021.

Embora Portugal continue a pertencer ao grupo de países europeus que continua mais atrasado no processo, operadoras como a MEO, NOS e Vodafone dizem estar prontas a avançar e já têm campanhas na rua e projetos de cobertura de recintos culturais e desportivos com redes móveis de quinta geração.

Altice Portugal deu a conhecer recentemente que vai garantir cobertura 5G no Estádio do Dragão, Altice Arena, Cidade do Futebol e Autódromo do Algarve. No mês passado, a NOS revelou também uma parceria com o Sport Lisboa e Benfica sobre a cobertura do Estádio da Luz com rede 5G.

Além disso, ainda nesta semana, um estudo da Boston Consulting Group (BCG) deu a conhecer que o investimento na implementação de redes móveis de quinta geração no país deverá atingir os 2,3 mil milhões de euros até 2027. Em termos de criação de empregos em Portugal, as previsões são de 127 mil postos.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h29)

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