À medida que a duração da fase principal, que definirá a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, se aproxima a par e passo dos 60 dias, o leilão do 5G continua ainda sem um fim à vista e a perspetiva de lançamento de serviços comerciais de redes de quinta geração em Portugal torna-se um objetivo cada vez mais complicado de se alcançar.
Nas seis rondas de hoje, as licitações das operadoras atingiram os 274,48 milhões de euros, numa subida de 1,018 milhões de euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, soma já mais de 358 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões.
Sem fugir à tendência dos últimos dias, as mudanças voltam a ocorrer apenas na faixa dos 3,6 GHz, onde hoje há subidas relativas às propostas de 21 dos 40 lotes disponíveis. Face ao preço de reserva, contata-se uma dinâmica de crescimento que leva a aumentos, no máximo, de 200%.
Embora faixas como a dos 700 MHz e dos 900 MHz não registem novas licitações desde o início da fase principal, havendo até um lote ainda sem qualquer oferta na primeira, há faixas que se têm vindo a destacar no interesse das operadoras.
Ao longo do processo, a faixa dos 2,1 GHz foi a que mais valorizou, subindo o preço mais de 400% face ao valor de reserva, enquanto os dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz também valorizaram mais de 200%.
Recorde-se que, de acordo com o regulamento do leilão, a fase principal só terminará quando não existirem novas licitações. Depois de se fixar o valor final, cabe ainda à Anacom fazer a consignação e a atribuição das licenças. Apesar do objetivo previsto no calendário da entidade reguladora já não se cumprir no primeiro trimestre de 2021, as operadoras têm vindo a confirmar que estão prontas para o começo da comercialização de serviços 5G e até já começaram as suas campanhas.
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