Leilão 5G: Poucas mudanças e licitações a atingir os 232,50 milhões de euros no 28º dia da fase principal

Francisca Andrade

22 fev 2021 18:55

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Em relação ao dia anterior, as licitações das operadoras apresentam uma subida de 933 mil euros. O Interesse volta a centrar-se na faixa 3,6 GHz, onde hoje se registam subidas nas propostas relativas a 16 dos 40 lotes disponíveis.

A fase principal do leilão do 5G avançou hoje para o seu 28º dia. Ao todo, a duração do processo já mais do que triplicou em relação à da fase reservada para novos entrantes. Nas seis rondas de hoje, as licitações atingiram os 232,50 milhões de euros. O valor representa uma ligeira subida de 933 mil euros face ao que foi atingido no dia anterior.

O interesse das operadoras volta a centrar-se na faixa dos 3,6 GHz, onde hoje se registam subidas nas propostas relativas a 16 dos 40 lotes disponíveis. É possível constatar uma dinâmica de crescimento das propostas das operadoras que leva a subidas de preço a rondar, no máximo, os 85%.

Fora da faixa dos 3,6 GHz, as propostas das operadoras voltam a não apresentar alterações. Na dos 2,6 GHz, o valor das licitações relativas ao primeiro dos lotes alcançou no 24º dia os 9,588 milhões de euros, mais 220% do que o valor inicial de 3 milhões. Já as ofertas para o segundo dos lotes desta faixa atingiram os 9,132 milhões no 23º dia.

Na faixa dos 700 MHz e dos 900 MHz o valor não mexe desde o início do leilão, altura em que as licitações feitas ficaram pelo preço de reserva, de 19,2 milhões de euros e 6 milhões de euros, respetivamente. Além disso, um dos lotes da primeira das faixas ainda não registou ofertas.

Para já, a maior das movimentações aconteceu na faixa dos 2,1 GHz, cujo valor está mais de 400% acima do preço de reserva de espectro. A Anacom fixou o custo da faixa em 2 milhões e a última licitação feita chegou a 10,6 milhões, mas não tem alterações desde 22 de janeiro.

A soma das licitações que foram atingidas hoje na fase principal com as da fase dos novos entrantes, que ultrapassaram os 84 milhões de euros, resulta num valor que é superior a 316,8 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões.

De acordo com o regulamento, o leilão só terminará quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação das licenças e, por fim, a atribuição. Só depois é que podem avançar as ofertas comerciais que, embora já não aconteçam em janeiro como tinha sido previsto, ainda estão na dentro de um horizonte temporal mais alargado que apontava para o primeiro trimestre de 2021.