As receitas dos operadores de telecomunicações em todo o mundo sofreram nos últimos anos uma pressão acrescida e uma tendência para estagnar, que a expansão do 5G começou a aliviar desde 2020, segundo um novo estudo da Ericsson.
A pesquisa verifica esse impacto nos 20 países com mais utilizadores da tecnologia. Portugal não está neste grupo, onde a Europa se faz representar com a Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Mónaco, Noruega, Suíça e Reino Unido, países com uma penetração da tecnologia já acima dos 15%.
Neste Top 20 de países - onde estão 85% de todas as subscrições mundiais ativas 5G - verifica-se também, no entanto, que a tecnologia ainda não chega a um quinto dos possíveis utilizadores, pelo que o potencial impacto da sua expansão no negócio dos operadores de telecomunicações continua a ser elevado.
Este valor (penetração abaixo dos 20%) é um valor médio para os 20 países onde a tecnologia está mais desenvolvida, mas no grupo também há já países onde o 5G já é usado por 40% da população. A penetração média do 5G, a nível global, não vai além dos 10%.
As vantagens para o consumidor de migrar para as novas redes ainda começam a ser exploradas, embora alguns prestadores de serviços já estejam a agir como agregadores de conteúdos, como nota o estudo. Ainda assim, o ganho mais importante e transversal está na velocidade das comunicações. Nos 20 países da amostra estudada pela Ericsson, a velocidade média de downlink dos serviços móveis de dados aumentou 4,3 vezes nos últimos cinco anos, 32% mais que na média global.
O Ericsson Mobility Report - Business Review Edition também mostra que os modelos diferenciados de preços são uma ferramenta essencial para responder eficazmente às necessidades individuais dos clientes com serviços de quinta geração, para além de serem um recurso fundamental para continuar a impulsionar o crescimento das receitas dos operadores a longo prazo.
O documento volta ainda a sublinhar o sucesso já alcançado em diferentes casos de uso da tecnologia, já abordados no relatório de novembro. Destaque para o Fixed Wireless Access (FWA), “o segundo maior caso de uso inicial de 5G, particularmente em regiões com mercados de banda larga sem qualquer serviço ou mal servidos”, reforça a Ericsson. As ligações FWA devem chegar a 300 milhões de utilizadores dentro de seis anos.
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Outra oportunidade de crescimento do 5G, para os operadores, está na área empresarial e no sector público, por via das redes 5G privadas e wireless de grande amplitude, implementadas para uso empresarial e industrial, que também ainda estão a dar os primeiros passos.
A Ericsson calcula ainda que a atualização das redes 4G para 5G vá permitir aos operadores, não só multiplicarem a capacidade disponível até 10 vezes, como reduzir o consumo de energia em mais de 30%. O 5G traz igualmente vantagens em termos de custos na gestão do crescimento de dados, necessário para continuar a impulsionar receitas futuras dos operadores, indica também a Ericsson.
Em todo o mundo estão já ativas mais de mil milhões de assinaturas de 5G, a partir de 230 redes comerciais. No grupo dos 20 países onde a tecnologia já é mais usada verifica-se que o investimento também disparou nos últimos anos, para as necessárias atualizações à rede. O crescimento médio do capex nesta amostra foi de 30%, compensado nos últimos dois anos com um crescimento, também médio, das receitas, de 3,2%.
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