No ano passado chegaram à Anacom 107,1 mil reclamações dos serviços de comunicações, menos 3 mil que no ano anterior, com as comunicações eletrónicas a representarem a maior fatia das queixas reportadas: 69,8 mil ou 65% do total, embora também aqui com uma queda em relação ao ano passado, de 4%.
A faturação foi o tema mais reclamado no sector das telecomunicações, dando origem a 19,1% das queixas, com a Vodafone a afirmar-se como o operador que motivou mais queixas nesta área, 41% do total.
O segundo maior motivo de reclamações foi a contratação de serviços, principalmente na NOS e na Vodafone, com cada uma das operadoras a motivar 37% das reclamações recebidas pelo regulador das comunicações. A insatisfação com os serviços de assistência técnica dos operadores deu origem a 13,1% das reclamações. Neste tema foi a MEO que motivou mais reclamações, 35% do total.
As queixas relacionadas com o aumento de preço dos serviços foram as que mais aumentaram no ano passado, seguidas das reclamações relacionadas com a demora ou ligação inicial deficiente de serviços fixos. Como explica a Anacom, este “continua a ser o assunto mais reclamado pelos utilizadores de serviços, presente em 17% das reclamações do sector”. Já a cobrança de penalização por cancelamento antecipado foi o tipo de queixa que mais diminuiu em 2023.
A NOS foi o operador com mais reclamações por mil clientes (7,5), seguindo-se a Vodafone com 6,6 e a MEO com 3,7. Já em termos absolutos, o pódio das reclamações foi da Vodafone que motivou 35% das reclamações, com a NOS a surgir em segundo lugar (34%) e a MEO em terceiro (29%).
Com exceção da NOS, todos os operadores conseguiram reduzir o número de reclamações recebidas em 2023, a maior descida foi para a Nowo que conseguiu diminuir em 26% o número de queixas recebidas.
Por regiões, é em Lisboa que os utilizadores reclamam mais e é na Região Autónoma dos Açores e na Guarda que reclamam menos.
O sector postal deu origem no mesmo período a 37,3 mil reclamações, com os CTT a absorverem a maior parte destas reclamações (30,5 mil), cerca de 82% do total, o que ainda assim traduz uma melhoria de 4% face a 2022.
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