Diretamente de Nova Iorque, Rick Osterloh arrancou as hostilidades para apresentar os novos produtos “Made by Google”, dispositivos desenhados, investigados e desenvolvidos pela gigante tecnológica. No fundo é o empenho da empresa em criar hardware que possa servir os seus serviços, que em breve contará com o Google Stadia, que chega no dia 19 de novembro.
Mais inteligentes e autónomos, eis os Pixel Buds
A empresa arrancou com a apresentação dos novos Pixel Buds, que a brincar é mencionado que se tem um “computador nos ouvidos”. A empresa promete um som nítido, alimentando por machine learning para se adaptar ao barulho em redor. E mesmo quando o telefone não está na mão, é possível utilizar o assistente para interagir com o mesmo, seja para ouvir podcasts ou obter direções. Dessa forma, pode deixar o smartphone no cacifro quando estão no ginásio, ou quando estão a regar o jardim e o mesmo está a recarregar no interior. A Google promete uma distância de um campo de futebol, de baliza a baliza sem perder a conexão.
Tem uma pequena “spatial vent” para ajudar a ajustar o som, em locais com barulho, e até os microfones têm acelerómetros para projetar a voz e dessa forma manter a conversão. Primavera do próximo ano a 179 dólares.
A privacidade é uma questão que a Google está a trabalhar e já vai ser possível pedir ao assistente, com um simples comando de voz que apague o histórico de utilização. Promete ainda uma redução da utilização de carbono e desde 2017 que está a utilizar 100% de energias renováveis nos produtos Google, tendo investido 150 milhões em projetos. "Ao utilizar produtos da Google está a contribuir para o bem-estar sustentável do planeta", refere Rick Osterloh, puxando a "brasa à sua sardinha". salientando que os próximos produtos Nest serão produzidos com materiais reciclados. Também o comando produzido de raiz para o Google Stadia foi também produzido tendo em conta o ambiente.
Ivy Ross apresentou o Pixel GO, sem revelar muitas novidades técnicas, referindo que é mais pequeno, mais leve e tem uma autonomia de 12 horas. Destaca as teclas silenciosas e também a sua textura rugosa para um maior “feeling” na utilização. Chega ao mercado por 649 dólares na versão preta, e já pode fazer a pré-encomenda.
Relativamente ao Nest, mais uma vez é frisado o foco na privacidade e segurança, obrigando aos parceiros a passarem num teste de segurança, antes mesmo de pedirem os dados aos utilizadores. Os dos modelos, o mini, a 49 dólares vai estar disponível em 23 mercados a 22 de outubro. Tem um chip que processa 1 TeraOps. Pode ser utilizado para integrar a campainha da casa ou as chamadas telefónicas. O serviço permite aceder a históricos e cobre todos os dispositivos da rede.
Embora esta segunda geração seja esteticamente muito semelhante à primeira, tem algumas mudanças subtis, nomeadamente a possibilidade de serem presas na parede, graças ao orifício para um gancho. A empresa promete ainda uma maior cobertura do seu sistema de Mesh Wifi, destacando que foi desenhado para ser um objeto de decoração na casa, melhorando a sua perfomance ao estar exposta sem obstáculo.
A Google falou também na parceria com outras empresas com serviços semelhantes, para poderem lançar a partir do dispositivo da empresa, sem a necessidade dos utilizadores comprarem outros dispositivos.
Pixel 4 com sensores de movimentos confirmado
No que diz respeito ao Pixel 4, confirmam-se todos os rumores relativos aos comandos de movimento, denominado por Motion Sense, que vai permitir controlar o smartphone à distância, utilizando apenas pequenos gestos com as mãos, tal como atender chamadas. Para absorver a informação gestual para um pequeno chip a tecnologia faz parte do Project Soli e utiliza um sistema de radar. As boas notícias, aparentemente, é que é necessária uma licença para operar a tecnologia de radar, e recentemente Portugal foi encontrado na lista de países que suportam esta tecnologia. Para já não há notícias se o smartphone vai chegar oficialmente ao mercado português.
De acordo com a empresa, o novo assistente pessoal inteligente vai ser introduzido no Pixel 4, a correr diretamente do dispositivo. Espera-se ainda que seja 10 vezes mais rápido que a versão anterior a compreender e a processar as interações dos utilizadores. Através de uma demonstração em tempo real do speach-to-text através da nova app Recorder, a empresa deu a conhecer a tecnologia que permite aos utilizadores falar e o sistema a transcrever para um documento de texto, nõ só a voz, mas descrevendo sons de instrumentos e até aplausos. A demonstração feita em tempo real registou exatamente um "ditado", e mais uma vez, a Google garante que todo o processamento é feito no smartphone.
Relativamente às câmaras, a Google destaca as duas novas lentes, incluindo um telefoto, que combinado com o software Super Res Zoom, promete imagens de grande qualidade capturadas à distância. A Google destaca a importância do balanceamento dos brancos e deu como exemplo uma pessoa fotografada dentro de uma gruta de neve, em que há necessidade de aplicar o filtro para atribuir as cores corretas à imagem. A empresa promete ainda que o dispositivo consegue melhorar os pixéis das imagens, harmonizando-as. Além disso, as fotografias noturnas podem ser melhoradas graças ao sistema Night Sight.
Os novos utilizadores vão beneficiar de três meses do serviço Google One gratuitamente, incluindo o suporte técnico. Com bónus, terão ainda acesso a 100 GB de armazenamento em cloud. Os preços do dispositivo arrancam nos 799 dólares para a versão normal e 899 dólares para o Pixel 4 XL, em três cores: preto, branco e "oh-so orange" (uma versão limitada).
Em antevisão
É hoje que a Google vai revelar o alinhamento de novos produtos tecnológicos para o seu catálogo “Made by Google”, e se os olhos estão postos no novo Pixel 4, há mais a ter em conta, até porque os leaks não param de chegar, acompanhados de fotografias. Veja-se o caso dos Nest Mini, que embora esta segunda geração seja esteticamente muito semelhante à primeira, tem algumas mudanças subtis, nomeadamente a possibilidade de serem presas na parede, graças ao orifício para um gancho. Além disso, têm um cabo de 1,5 metros, segundo avança a WinFuture, indiciante ainda que a fabricante irá trocar o carregamento via micro-USB para um conector de energia. Há ainda rumores sobre quatro variações de cores: antracite, rock candy, coral e sky blue. É ainda referido que utiliza Bluetooth de quinta geração.
No que diz respeito ao Pixel 4, duas funcionalidades disruptivas no dispositivo: o sistema “raise to talk”, que é uma nova tecnologia de interação com o Google Assistant em que os utilizadores devem apenas levantar o dispositivo para começar a falar com o assistente virtual. O sistema não é novo, visto que o Apple Watch permite interação semelhante com a Siri, mas em smartphones tudo indica ser uma novidade.
A segunda funcionalidade é o Motion Sense, que vai permitir controlar o smartphone à distância, utilizando apenas pequenos gestos com as mãos. A tecnologia faz parte do Project Soli e utiliza um sistema de radar para absorver a informação gestual para um pequeno chip. E como é necessária uma licença para operar a tecnologia de radar, recentemente Portugal foi encontrado na lista de países que suportam esta tecnologia. E por isso, as expetativas são elevadas para o mercado português eventualmente receber oficialmente o novo smartphone. Até aqui, a Google nunca apostou em Portugal para o lançamento oficial dos seus smartphones, e apenas se podem encontrar dois dispositivos à venda oficialmente pela fabricante: o Chromecast V3 e o Home Wi-Fi Home Mesh.
Por fim, fala-se ainda que o Pixel 4 venha a ter um novo sistema biométrico de autenticação facial, de forma a elevar a segurança. Será um rival à altura do Apple Face ID? Ainda se lembra do evento do ano passado, quando o Google Assistant ligou para um restaurante e um cabeleireiro a fazer marcações de uma forma completamente autónoma? Pois bem, o evento pode ficar marcado pela apresentação da próxima geração do assistente virtual, que já tinha sido antecipado em maio no evento Google I/O. Na altura foi referido que, por exemplo, o assistente reconhece gestos (o que faz sentido com o Motion Sense) e pode desligar a música quando toca o telefone.
A Google referiu ainda que o assistente seria introduzido no novo Pixel 4, a correr diretamente do dispositivo. Espera-se ainda que seja 10 vezes mais rápido que a versão anterior a compreender e a processar as interações dos utilizadores.
Acerca do novo Pixelbook, o 9to5google já terá experimentado um protótipo do portátil e partilhado algumas fotografias. Este poderá ter sido batizado de Pixelbook Go e apresenta um ecrã tátil de 13,3 polegadas, aparentemente capaz de projetar imagens a 4K. Pelas fotos é possível ver que tem duas entradas USB-C, entrada 3,5 mm para auscultadores e configurações que passam por processadores Intel Core m3, i5 e i7, assim como variações de RAM até 16 GB e armazenamento até 256 GB, com adiantado.
O website sugere ainda a atualização dos Pixel Buds, para uma segunda geração, mas sem adiantar especificações, elevando a dúvida se estes serão completamente wireless, visto que a primeira versão tinha um fio a ligá-los entre si.
Mas há muito mais para acompanhar hoje, a partir da live stream do canal oficial da Google, ou aqui no SAPO TEK a partir das 15:00.
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