Em maio esperava-se que a Huawei e o executivo de Donald Trump acertassem agulhas sobre o futuro da empresa, mas foram introduzidas ainda mais restrições que impedem a fabricante chinesa de aceder a tecnologia americana. Foi, no entanto, concedido mais 90 dias de exceção, cujo prazo terminou no dia 13 de agosto, não tendo sido renovado. Michael R. Pompeo, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, havia referido que esta seria a última extensão.
As empresas podem requisitar licenças para continuar a fornecer os produtos, mas o mais provável é estas serem negadas a partir de agora. Isto significa que diversos equipamentos da fabricante chinesa com o Google Services deixaram de poder ser atualizados, como o Huawei P30 Pro e outros. As preocupações prendem-se sobretudo para as atualizações de segurança, que também deixarão de ser acedidas.
O Washington Post refere que esta situação coloca em causa as operações das pequenas empresas de telecomunicações nas zonas rurais dos Estados Unidos. As suas redes wireless e smartphones deixam de receber as respetivas atualizações. Em fevereiro foi feita uma proposta pelo senado dos Estados para um fundo de mil milhões de dólares para ajudar as operadoras em zonas rurais a remover e substituir a tecnologia da Huawei das suas infraestruturas. Foi referido que, ao estabelecer um programa de remoção e substituição, a proposta vem “salvaguardar as redes de telecomunicações” do país e “garantir ligações mais seguras”.
De recordar que Donald Trump continua a considerar a Huawei e ZTE como perigosas. Em maio, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos afirmou que a Huawei tentou “contornar” as anteriores restrições utilizando software e tecnologia americana para produzir os seus próprios semicondutores, assim como a aquisição de produtos de fábricas espalhadas pelo mundo que usam equipamento americano.
Segundo adianta a Reuters, as medidas foram agora reforçadas, adicionando mais 38 empresas ligadas à Huawei, de 21 países, somando assim um total de 152 subsidiárias na "lista negra" desde maio de 2019. As empresas americanas deixam assim de poder fornecer componentes, tecnologia e software às visadas. Estas medidas obrigam as respetivas empresas a requerer uma licença para fazer negócio com a Huawei. "Isto torna claro que estamos a cobrir todos os designs que a Huawei esteja a procurar adquirir de terceiros", refere uma fonte do executivo americano à publicação.
O certo é que o stock de processadores da Huawei poderá acabar dentro de um mês, visto que a empresa deixa de ter os componentes necessários para produzir os seus próprios chips. Segundo é referido por Richard Yu, os processadores Kirin, produzidos pela Huawei, vão sofrer com a falta de componentes, e provavelmente vão deixar de ser produzidos a partir de 15 de setembro. As empresas que trabalham para a fabricante precisam de ter acesso a tecnologia americana para continuarem a produzir, visto que a Huawei não tem capacidade de os fabricar internamente.
Nota de redação: notícia atualizada às 13:00 com a adição de novas empresas ligadas à Huawei à "lista negra".
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