
A 24 de fevereiro de 2022 chegaram as notícias de movimentação de tropas russas para uma invasão à Ucrânia que todos apontavam como uma guerra rápida, mas que três anos depois parece longe de terminar. Mesmo com a pressão da Casa Branca para Putin e Zelensky se entenderem para um acordo de paz, os ataques continuam e a destruição é evidente.
Segundo os mais recentes dados da Statista sobre o número de casualidades de civis durante a invasão, entre 24 de fevereiro de 2022 a 31 de dezembro de 2024, foram mortas 12.456 pessoas, das quais 669 eram crianças. O número sobe no caso de feridos, em 28.382, com 1.833 crianças.

Nos três anos de guerra, 10,6 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas na Ucrânia, em consequência da guerra, aponta a Lusa. Só nos últimos seis meses, mais de 200 mil pessoas fugiram das suas casas no leste do país devido ao aumento dos ataques. É apontado que os recém-deslocados estão cada vez mais vulneráveis, incluindo idosos e pessoas com deficiência, que são desafiados a aceder aos serviços que mais precisam.
Mesmo para os 3,7 milhões de desalojados e 6,9 milhões de refugiados no estrangeiro, os desafios de regresso ao país são grandes. Cerca de 10% do parque habitacional da Ucrânia está destruído, são 2 milhões de casas danificadas ou em ruínas.
Ainda na última quinta-feira a Rússia lançou um ataque massivo contra a região de Odessa, localizada a sul da Ucrânia, apontando uma infraestrutura energética. Os ataques a estas estruturas de energia resultaram em 160 mil pessoas sem acesso à eletricidade, falhando também o aquecimento, colocaram os cidadãos à escuridão e frio.
O olhar atento dos satélites a partir do espaço
Desde o início da guerra, a observação sempre atenta dos satélites testemunhou a expansão do conflito. Ficaram registadas algumas atrocidades, sobretudo quando o exército mercenário privado Wagner operava às ordens de Moscovo.
As primeiras imagens de satélite mostraram a passagem dos veículos blindados do exército russo a circular, destruindo pontes e hangares, assim como deixando casas a arder. A força massiva da Rússia nos primeiros meses do conflito, onde a Ucrânia ainda tentava posicionar-se para defender, fez demolir apartamentos e armazéns, em cidades em redor da capital Kiev. O aeroporto Antonov também sofreu com a guerra, transformando-se num autêntico cemitério de aviões.
Veja na galeria as imagens de satélite:
A destruição prolongou-se pelas áreas residenciais, estádios de futebol, aeroportos e hospitais. Foram registados diversos locais públicos em ruínas, como o Teatro Dramático de Mariupol e casas em redor, mesmo quando os populares assinalaram a zona com a indicação da presença de crianças.
Algumas semanas após o início do conflito descobriu-se uma vala comum na cidade de Bucha, a 37 quilómetros de Kiev, onde estariam pelo menos 150 vítimas dos bombardeamentos. Outro episódio registado foram as áreas da região de Mariupol destruídas, incluindo as zonas circundantes à siderurgia de aço Azovstal, que abrigou grupos de resistentes ao domínio russo. Registou-se na altura que Putin não quis destruir a fábrica, mas sim selar todos os acessos da mesma.
Em outubro de 2022, de forma a impedir que os ucranianos avançassem no terreno, o grupo de mercenários pró-russa Wagner Group, construiu uma impressionante linha de fortificação defensiva. Conhecida como “linha de Wagner”, a barreira criada tinha quase dois quilómetros de pirâmides de cimento, dispostas em quatro linhas.
Recentemente, foram feitas contas apontando que até um terço do território da Ucrânia já terá sido exposto à contaminação por minas terrestres e munições, os centros agrícolas e industriais no Leste foram devastados, nota a Lusa que cerca de 30% dos empregos antes da guerra foram perdidos.
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