O muito antecipado eclipse solar de abril de 2024 está aí, mas, tal como tem vindo a ser anunciado, não é para todos. O espetáculo astronómico desta segunda-feira será apenas visível numa estreita faixa dos EUA em modo “total”, embora seja observável parcialmente a partir de outras regiões, onde a Lua cobrirá só uma parte do disco solar.
De acordo com a NASA, a totalidade do eclipse vai ser possível de ver numa trajetória que atravessa partes da América do Norte e que inclui países como México, estendendo-se pelos Estados Unidos desde o Texas até ao Maine e alcançando o Canadá.
Portugal fica fora desta trajetória total e só tem direito a vislumbre parcial. Mas atenção: apenas para quem estiver… nos Açores. Os restantes podem aproveitar para ver a transmissão que a NASA preparou para acompanhar o fenómeno “ao vivo”, com arranque marcado para as 18h00 em Lisboa.
Durante a emissão de três horas, os espectadores podem esperar imagens do eclipse de vários locais da América do Norte, insights de especialistas da NASA, interações com os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional - que terão direito a uma visão diferente do evento -, e um vislumbre das várias experiências científicas que vão acontecer durante o fenómeno.
Clique nas imagens partilhadas pela NASA e pela ESA sobre o evento e as experiências em curso
Para aqueles que preferem uma experiência sem comentários, a NASA tem igualmente planos para transmitir imagens do eclipse apenas registadas pelos telescópios, com vistas que incluem as Cataratas do Niágara e Mazatlán, no México.
As astronautas norte-americanas Jeanette Epps e Tracy Dyson, da NASA, estão no grupo que “mora” na ISS neste momento e que vai tero privilégio de testemunhar o eclipse solar total de segunda-feira, de um ponto de vista muito diferente. A cerca de 400 quilómetros acima da Terra, poderão ver a “sombra” do eclipse a cair sobre o Planeta Azul, em vez do fenómeno em si.
Com base nos dados atuais, quem está na ISS terá três oportunidades para ver a sombra terrestre (penumbra e umbra) da Lua, enquanto esta percorre a superfície da Terra, disse a NASA.
Jeanette Epps e Tracy Dyson partilham alguns dados científicos e conselhos sobre como assistir ao eclipse num vídeo
Na parte das experiências, a ESA também tem todo o interesse em olhar para o céu - ou mais especificamente para o Sol. A Agência espacial europeia já tem a sonda Solar Orbiter na "primeira fila cósmica", com uma vista exclusiva para a coroa do Sol que permitirá registar erupções perigosas. Em Terra, tem a Proba-3 pronta para testar o hardware e garantir que tudo funciona quando tiver de criar eclipses artificiais no espaço.
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