Novos estudos publicados pelo Centro Comum de Investigação (CCI), da Comissão Europeia, dão-nos uma visão mais aprofundada sobre a correlação existente entre a movimentação dos cidadãos e a disseminação do novo coronavírus, bem como sobre a eficácia das restrições impostas pelos países da UE na contenção da pandemia.

As conclusões, baseadas nos dados de localização de vários smartphones, vão ajudar os estados-membros a tomar decisões decisão, tanto no processo de desconfinamento como no mapeamento dos impactos económicos da pandemia e na antecipação de novos surtos. A Comissão Europeia ressalva que que os dados utilizados nos estudos foram cedidos por 14 operadoras europeias, mas que foram devidamente anonimizados.

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Em comunicado, Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno, sublinhou o potencial das oportunidades oferecidas pelos modelos de partilha de dados entre empresas e governos, "especialmente em tempos de crise", rematou.

Os estudos indicam que a mobilidade foi a principal causa de disseminação do vírus em Itália, França e Espanha e que as medidas de confinamento, implementadas em toda a Europa, foram eficientes na contenção da pandemia.

Os dados permitiram ainda a identificação de padrões de mobilidade e de pontos de cruzamento de pessoas provenientes de diferentes áreas, o que potencia ainda mais o alastramento da COVID-19. Apesar de poder parecer uma conclusão natural, a investigação oferece agora os dados necessários para comprovar, cientificamente, que o distanciamento social abrandou a disseminação da doença.

A CE espera poder continuar a contar com esta plataforma de colaboração com as operadoras europeias, pelo menos durante o tempo que for necessário para combater o vírus. Durante os próximos meses, a comissão acredita que os dados serão essenciais à formulação de medidas contra a COVID-19.

A iniciativa é parte do plano europeu que pretende construir estratégias de combate ao coronavírus com a ajuda de dados e aplicações móveis, tal como anunciado no passado mês de abril. Na altura, os estados-membros concordaram em unir esforços para facilitar a partilha de dados de mobilidade, como forma de ajudar no combate à doença.

Os estudos estão disponíveis online e podem ser lidos na íntegra através deste link.

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