Embora as origens dos mais de 32.000 asteroides que vagueiam nas proximidades da Terra não sejam completamente conhecidas, pelo menos um deles pode ter vindo da Lua. Chama-se Kamo`oalewa e terá sido ejetado da superfície lunar há milhões de anos após uma grande colisão.

Antes acreditava-se que a maioria dos asteroides próximos vinham de além da órbita de Marte, mas um novo estudo sugere que é possível que fragmentos da Lua escapem da gravidade da Terra se forem ejetados a uma velocidade suficientemente alta.

Uma vez que a Lua tem sido atingida por vários meteoritos ao longo de vários milhões de anos, uma dessas colisões pode ter levado à expulsão de um fragmento que, eventualmente, se transformou no Kamo`oalewa.

A hipótese deste asteroide ser um fragmento da Lua foi inicialmente proposta em 2021 por uma equipa da Universidade do Arizona, mas o novo estudo, publicado entretanto na revista Communications Earth & Environment, fornece mais dados sobre o que pode ter tornado o incidente possível, escreve a BGR, que divulga o estudo.

De acordo com os investigadores, o Kamo`oalewa chama a atenção devido à sua órbita única, agindo como um “companheiro” da Terra grande parte do tempo, ao contrário da maioria dos asteroides próximos, que têm órbitas que de vez em quando os colocam perto do planeta azul.

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A formação e constituição dos asteroides são enigmas a que a comunidade científica tem procurado responder. A tentativa mais recente chama-se Psyche, a missão da NASA que irá estudar o enigmático asteroide metálico com o mesmo nome.

Entretanto, ficou a saber-se que as amostras do asteroide Bennu, recém-chegadas à Terra depois de uma viagem de sete anos, apresentam componentes importantes para a formação da vida como a conhecemos.

Veja as imagens da chegada 

Embora seja necessário mais trabalho para compreender a natureza dos compostos de carbono encontrados, as descobertas iniciais são um bom sinal para análises futuras da amostra do asteroide.

Os segredos guardados nas rochas e poeira de Bennu vão ser estudados durante as próximas décadas, em laboratórios de vários países, num esforço conjunto para obter insights sobre como o nosso sistema solar foi formado e como os materiais precursores da vida chegaram à Terra.

Ao mesmo tempo, serão igualmente preciosos para entender como evitar futuras colisões destas rochas viajantes com o planeta azul.