Nos últimos anos, a Europa direcionou milhares de milhões de euros para a investigação e desenvolvimento. Em sete anos (2014-2020), só o Horizonte 2020 contou com um orçamento de 77 mil milhões de euros, a que é preciso juntar outra larga parcela de incentivos, que chegam ao sistema científico e às empresas por via de programas nacionais.
Em Portugal, e tendo como referência os dados disponibilizados pela Agência Nacional de Inovação, sobre as medidas de apoio à Investigação e Inovação (I&I) que gere e acompanha, entre Portugal 2020 e Horizonte 2020, chegaram às empresas, universidades e centros de I&D quase 2,3 mil milhões de euros em incentivos.
Nem todos estes projetos que ligam empresas e sistema científico procuram lançar as bases para criar produtos e serviços e, dos que têm, nem todos conseguem. Ainda assim, um pouco por todos os sectores de atividade há exemplos de sucesso nessa conversão da I&D em inovações com impacto direto no negócio, nos milhares de projetos financiados ao longo dos últimos anos entre programas europeus e nacionais.
A EDP foi a empresa portuguesa que captou mais fundos do Horizonte 2020 e tem vários exemplos para partilhar. A energia é, aliás, uma das áreas onde Portugal se tem revelado mais competitivo na capacidade de atrair incentivos à I&I à escala europeia, ou não fosse esta uma área crítica na agenda da transição digital e verde da UE. Seja por via da necessidade de modernizar infraestruturas e integrar diferentes fontes de produção de energia, preocupações com a sustentabilidade ou migração para cidades inteligentes.
EDP e e-Redes (antiga EDP Distribuição, agora autónoma) participaram em cerca de 40 projetos do Horizonte 2020 que asseguraram um financiamento total de mais 22,5 milhões de euros. Algumas inovações importantes, entretanto integradas na oferta, já vêm daí, outras refletem resultados de projetos ainda anteriores.
No âmbito do programa que concentrou os fundos europeus de apoio à I&D entre 2007 e 2013 (7ºPQ), a empresa coordenou o projeto que lançou as bases daquele que, como explica, é hoje “um dos conceitos mais avançados e relevantes do mercado global de energia eólica flutuante”, o Windfloat.
Este tipo de plataforma flutuante semi-submersível e ancorada no fundo do mar permite explorar o potencial de produção de energia eólica, em profundidades superiores a 40 metros, adaptando-se a qualquer tipo de turbina eólica marítima. A plataforma é completamente construída em terra, o que permite ainda eliminar impactos no meio marinho.
Mais recentemente a elétrica participou em projetos como o Sensible, que demonstrou como infraestruturas de redes inteligentes podem gerir dispositivos de armazenamento de energia contribuindo, quer para gerir a própria rede de forma eficiente, quer para a gestão de energia renovável a nível residencial.
A tecnologia foi testada em Valverde, uma aldeia perto de Évora, e um dos resultados mais importantes foi ter conseguido colocar uma parte da rede elétrica em ilha, isolada da rede nacional e sem depender dela. As ferramentas que permitiram realizar esta operação ficaram ao dispor da E-Redes, e podem ser usadas para dar resposta a constrangimentos na rede provocados por tempestades ou incêndios, por exemplo.
No mesmo projeto, ao nível residencial, foram instalados painéis fotovoltaicos e baterias em algumas casas da região, para se testar o autoconsumo e a gestão proativa dessa energia. As soluções testadas, que vieram a permitir poupanças de 25% na fatura da luz das famílias, integram hoje a oferta da EDP Comercial.
Noutros projetos, os resultados tangíveis ainda não chegaram ao negócio mas o potencial cria expectativas elevadas, como acontece em relação ao Atlantis, que se prolonga até junho de 2023, sob a coordenação de outra entidade portuguesa, o INESC TEC. Aqui desenvolvem-se e testam-se soluções robóticas para otimizar o esforço de manutenção nas centrais de produção de energia em alto mar. O objetivo é que estas soluções venham a substituir parcialmente a intervenção humana, reduzindo riscos, mitigando custos e melhorando a eficiência dos processos de manutenção.
A EDP anunciou no ano passado a previsão de alocar mil milhões de euros a projetos de inovação entre 2021 e 2025, através de equipas dedicadas à Inovação, Investigação e Desenvolvimento nas principais geografias onde está presente.
Um dos principais “braços” de inovação do grupo é a New (antigo EDP CNET), que conta com uma equipa de 40 pessoas dedicadas só à inovação, que neste momento gerem 26 projetos. Só três é que não são financiados pelo H2020, um ecossistema de inovação que liga a empresa a mais de 600 parceiros europeus.
Ubiwhere traduz resultados de I&D em três soluções para smart cities
Ligados à área da energia estão também vários projetos no domínio das cidades inteligentes, onde a eficiência energética e a redução da pegada de carbono são por norma tópicos relevantes. É o caso POCITYF, que vai desenvolver e testar soluções para bairros de energia positiva. Ou seja, bairros que anualmente produzam mais energia renovável do que consomem. Évora e Alkmaar (Países Baixos) são as cidades onde se vão aplicar e testar soluções, que serão depois replicadas para outras seis cidades em Espanha, Itália, Eslovénia, Hungria, Grécia e Dinamarca.
O projeto, liderado pelo Centro de Excelência Técnica da EDP (LABELEC), tem um financiamento de quase 20 milhões de euros e vai a meio. A primeira metade foi de estudo, para identificar soluções adaptadas às especificidades de diferentes contextos na produção e gestão inteligente de infraestruturas. “Por exemplo, no Centro Histórico de Évora, classificado como Património Mundial da UNESCO, qualquer solução de produção de energia renovável deve ter um impacto visual muito reduzido ou nulo na arquitetura existente”, explica a Universidade de Évora, que também integra o consórcio.
No leque de soluções a demonstrar há por isso telhas, janelas e vidros fotovoltaicos (em alternativa aos habituais painéis), baterias residenciais de iões de lítio originárias de veículos elétricos, um mercado de troca e doação de energia, ou postos de carregamentos de veículos elétricos bidirecionais.
Todas as soluções vão ser demonstradas em escala real e ambiente operacional real e as que se revelaram boas podem ser diretamente transpostas para outras cidades com as mesmas caraterísticas. Espera-se que em setembro todas as soluções a testar estejam montadas. Nos dois anos seguintes os resultados vão ser monitorizados.
Num âmbito diferente, mas é também o chapéu das smart cities que dá o mote a vários projetos de I&I onde a Ubiwhere tem participado. Os resultados são hoje a base de diferentes soluções comerciais da empresa de Aveiro. É o caso da Plataforma Urbana, implementada em cidades como Barcelona, Copenhaga, Évora ou Granada.
A solução ajuda os municípios a monitorizar, através de indicadores de diferentes fontes, o impacto das decisões que tomam na qualidade de vida dos cidadãos, mas pode ser adaptada a diferentes objetivos. Em Granada, por exemplo, está a ser implementada para agregar dados e informação turística e criar uma montra única para os visitantes. Também vai ser usada pelos vários players do sector para monitorizar a performance daquele destino turístico de forma centralizada.
O Smart Parking, implementado em Aveiro e Guimarães e o Smart Lamppost - usado em Aveiro, Oeiras ou Paris - também nasceram de projetos de I&I financiados. O primeiro permite a gestão inteligente e em tempo real de lugares de estacionamento, através de informação recolhida por sensores e câmaras. O segundo é um poste de iluminação modular, que permite acoplar outros atributos, como conectividade 5G ou carregamento de veículos elétricos.
“Estes programas têm permitido testar novas tecnologias e novos produtos, implementar melhorias nos produtos anteriormente desenvolvidos, através da aplicação de novos parâmetros, e testar em co-criação com diversas entidades e em ambientes relevantes a utilidade destes produtos”, destaca Rui Costa, CEO da Ubiwhere.
O responsável explica que a empresa tem abordado estes projetos de I&D como uma oportunidade para financiar o desenvolvimento de produtos a 2-5 anos, para lidar mais de perto com entidades que inovam nas mesmas áreas e para criar oportunidades adicionais de mostrar a marca e os seus produtos.
O foco da I&D desenvolvida pela Ubiwhere está dividido pelas pelas duas áreas de negócio onde opera: telecom (com destaque para IoT, SaaS para telecom sobre 5G e num futuro próximo 6G) e smart cities (associado à mobilidade, ambiente, energia, resíduos e gestão de turismo).
No Portugal 2020, a tecnológica foi a quarta empresa com mais fundos de apoio à I&I recolhidos, no universo de medidas geridas pela Agência Nacional de Inovação. Captou 4,7 milhões de euros, que se distribuem por 12 projetos. Através do Horizonte 2020 realizou 18 projetos, com um incentivo total de 5,5 milhões de euros.
Uma posição à sua frente, em ambos os top 10, está a Altice Labs, que desenvolveu 15 projetos financiados ao longo dos últimos sete anos, com um incentivo de 5,7 milhões de euros, via PT2020. No Horizonte 2020 teve 16, que garantiram um incentivo de 6,4 milhões de euros.
Sharing Cities foi o berço do serviço GIRA na cidade de Lisboa
O 5G foi uma das áreas onde a unidade de inovação do grupo Altice acabou por beneficiar desta aposta, já que se envolveu nos principais mecanismos criados pela UE, para ajudar a trazer de volta a liderança tecnológica nas comunicações móveis para a Europa. Alcino Lavrador, diretor-geral, destaca a participação nos programas europeus 5G-VINNI e 5G-Growth (desenhados para acelerar a implementação e adoção do 5G na UE) e garante que o conhecimento aí adquirido foi fundamental para desenvolver uma linha inovadora de produtos na área das redes privadas 5G, que já está a ser comercializada pela Altice.
A Altice Labs foi também um dos parceiros portugueses do Sharing Cities, outro projeto europeu na área das cidades inteligentes, que juntou organismos municipais, empresas e universidades, para criar um ecossistema de soluções integradas capazes de facilitar a gestão de recursos e a vida nas cidades. Lisboa, Milão e Londres foram os laboratórios vivos das soluções testadas pelos 35 parceiros de sete países. Em Portugal, um dos resultados mais visíveis do projeto é o serviço de bicicletas partilhadas de Lisboa, o GIRA, que nasceu daí.
A plataforma que durante o projeto permitiu à cidade de Lisboa recolher e tratar dados de utilização das bicicletas GIRA, informação sobre a recolha de resíduos sólidos urbanos e a sua separação por recicladores, ou monitorizar dados de consumo de energia nos edifícios públicos da autarquia foi desenvolvida pela Altice Labs. Ao centro de inovação coube também desenvolver uma aplicação que monitoriza e premeia os bons comportamentos Ecológicos e Alimentares dos alunos das Escolas Secundárias no projeto.
O Sharing Cities terminou no final do ano passado, com a perspectiva de que os 24 milhões de euros concedidos em incentivos (6,3 milhões chegaram a Portugal), venham a desencadear investimentos de 500 milhões de euros, para levar as soluções testadas a mais de 100 cidades europeias. A Plataforma Urbana criada pela Altice Labs já deu esse salto e é agora usada também pelo município de Aveiro, no âmbito da iniciativa Aveiro Tech City.
Nos programas nacionais, do PT2020, a Altice Labs também desenvolveu inovações que já conseguiu fazer refletir na oferta comercial da Altice. Alcino Lavrador dá o exemplo dos interfaces de fibra óptica multi-tecnologia que integram os equipamentos da marca e a “nova Fiber Gateway com WiFi 6, recentemente anunciada para o mercado francês, capaz de uma velocidade recorde em equipamentos deste tipo: 10Gbps simétricos (upload e download)”.
Anualmente, a Altice investe cerca de 80 milhões de euros em inovação, só em Portugal. Muitos dos projetos financiados são realizados com universidades portuguesas, na vertente de exploração tecnológica e “alguns destes financiamentos deram origem a startups que hoje estão no mercado de alta tecnologia e são parceiras da Altice Portugal”, acrescenta o responsável.
Infante, o satélite português que permitiu desenvolver tecnologia também usada em drones
O espaço é outra das áreas onde a I&D&I nacional mais tem crescido, acompanhando o crescimento da própria indústria em Portugal. A Tekever é uma das empresas que representa o sector em vários projetos financiados ao longo dos últimos anos - captou 3 milhões de euros nas medidas do PT2020 geridas pela ANI, para sete projetos.
Um dos mais emblemáticos foi o projeto Infante, que tinha como desafio criar o primeiro satélite integralmente desenvolvido pela indústria nacional. Custou 9 milhões de euros, um pouco mais de 6 milhões assegurados por incentivos. Como explica Ricardo Mendes, “permitiu juntar uma grande maioria dos intervenientes no sector do Espaço em Portugal, alinhados em torno de um desígnio comum: criar uma cadeia de valor de Espaço em Portugal, capaz de conceber, produzir e explorar microssatélites”.
O CEO da Tekever, que liderou o projeto, admite que o Infante “é, talvez, um dos mais desafiantes projetos realizados em Portugal nos últimos anos, quer do ponto de vista tecnológico, quer do ponto de vista de gestão de consórcio, e a sua realização permitiu alcançar objetivos que nos pareciam, a todos, inatingíveis”.
Alterações ao projeto inicial tornaram o Infante mais ambicioso e inviabilizaram o plano de lançar o satélite na janela temporal do projeto, mas cumpriu-se o objetivo de desenvolver tecnologia de elevado valor-acrescentado para o sector, que serve de base a diferentes soluções.
Para a Tekever, esta foi uma oportunidade para desenvolver a tecnologia SAR (Radar de Abertura Sintética) “absolutamente pioneira a nível nacional e que posicionou a Tekever como um dos poucos fabricantes mundiais deste tipo de tecnologia, que é hoje considerada absolutamente crítica quer no sector Espacial, quer no sector da Segurança e Defesa”, explica Ricardo Mendes.
A tecnologia em questão foi entretanto integrada nos drones da empresa e trouxe para este segmento “capacidades que antes apenas estavam disponíveis em sistemas militares de grande envergadura e a preços exorbitantes”, garante o responsável.
A Tekever tem uma equipa de mais de 100 engenheiros dedicada a projetos de I&D que cobrem diferentes áreas, para responder a uma missão que a empresa descreve como a de desenvolver tecnologia que ajude a proteger pessoas, natureza e economia, através da recolha de dados em tempo real e em grandes áreas, para criar informação e conhecimento que suporte ações atempadas e eficiência. Na prática isso passa por aplicar tecnologias de robótica, sensorização e inteligência artificial para transformar dados em informação relevante e soluções com valor acrescentado.
No ano passado a empresa investiu cinco milhões de euros em investigação e desenvolvimento. Para este ano e para o próximo, o plano é acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, duplicando a equipa e o investimento.
Tecnologia para mapear em 3D minas subterrâneas resulta em nova empresa. INESC TEC é um dos acionistas
Fora do universo das empresas, o INESC TEC é o centro de investigação português que captou mais fundos do Horizonte 2020, mais de 36 milhões de euros, repartidos por 75 projetos. A esmagadora maioria da atividade do centro está relacionada com projetos financiados por programas europeus, ou decorre deles, com vários exemplos felizes de transferência de tecnologia.
O projeto Unexmin é um deles. Serviu para desenvolver uma plataforma robótica autónoma capaz de recolher dados geológicos e fazer o mapeamento 3D de minas subterrâneas inundadas, como alternativa a métodos mais caros ou mais arriscados. O INESC TEC e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) representaram Portugal no projeto e a antiga mina de urânio da Urgeiriça (Nelas, Viseu) serviu para testar o robot e o sistema desenvolvido por 12 entidades de sete países.
Os produtos e serviços que resultaram do projeto estão agora a ser industrializados e são o objeto de negócio de uma empresa entretanto criada, que tem o INESC TEC entre os principais acionistas. A operação está em fase de exploração pré-comercial dos primeiros resultados e pode ter a resposta que o sector precisa para validar condições nas mais de 30 mil minas encerradas na Europa, boa parte delas, inundadas.
Na área da agricultura, o centro de I&D tem outro exemplo de sucesso em transferência de tecnologia. No âmbito de um projeto do Portugal 2020, com a empresa de máquinas agrícolas Herculano, criou uma cisterna para agricultura de precisão inteligente que permite aplicar chormue (fertilizante) no momento, local e quantidade certa. Faz uso de sensores, de uma carta de prescrição e de um sistema de ajuste automático da aplicação, em função da velocidade. O sistema já é comercializado pela Herculano.
O centro foi também o parceiro da Efacec no Flexergy. O projeto tinha como objetivo desenvolver uma solução de monitorização, controlo e gestão de baterias, para maximizar o autoconsumo e otimizar custos operacionais. Ao INESC TEC coube desenvolver o software que permite planear a operação e controlar o sistema de baterias, tendo em conta a sua integração em parques de produção renovável fotovoltaica ou híbrida, ou em micro-redes.
Este software faz agora parte de solução configurável e escalável, já integrada na gama de produtos de armazenamento da Efacec, que permite maximizar os proveitos da produção renovável, minimizar os desvios à produção oferecida no mercado de eletricidade e, no caso da micro-rede, maximizar o autoconsumo de energia.
Nem todos os projetos I&D que juntam empresas e centros de investigação ou universidades se refletem diretamente em soluções que chegam ao mercado, mas o know-how acumulado acaba por ser um ativo que encontra caminhos para se revelar. Foi o que aconteceu numa outra área, também com o INESC TEC.
Como explica José Carlos Caldeira, o conhecimento acumulado pelo centro em vários projetos de I&D nacionais e europeus, sobretudo na área do calçado, foi a base para um contrato de prestação de serviços assinado com a fábrica de Paços de Ferreira da IKEA Industry, em 2014.
O centro de investigação foi chamado a desenhar o layout do sistema de produção, de forma a otimizar a utilização das máquinas, aumentar a eficiência e reduzir custos. Para isso “foram desenvolvidos modelos de simulação que permitiram recriar o sistema de produção ao nível da fábrica, representando com elevado nível de detalhe todos os fluxos de materiais existentes, buffers intermédios e capacidade das máquinas”, explica o administrador. Os bons resultados abriram caminho a outros projetos idênticos, na Lituânia, Eslováquia e China.
Entre as instituições de ensino superior portuguesas, o Instituto Superior Técnico foi o maior beneficiário de fundos do Horizonte 2020, com perto de 40,5 milhões de euros captados. Várias startups, spin-off e alunos da instituição tiraram também partido destes incentivos e de fundos nacionais de apoio à I&I para transformar conceitos em ofertas comerciais.
Pedro Amaral, vice-presidente da instituição para as Ligações Empresariais e Operações, sublinha a propósito que os exemplos comerciais mais concretos associados aos resultados da participação do instituto em programas de I&I “podem ser observados através do papel que atualmente desempenha a sua comunidade IST Spin-Off, que conta com mais de 50 empresas de grande sucesso ao nível nacional e internacional”.
Como também reconhece o responsável, apesar de haver hoje um domínio de empresas na áreas da informática e tecnologias de informação neste universo, “a existência de projetos I&D com o Técnico foi igualmente importante no desenvolvimento de empresas nas áreas da robótica, automação, electrónica, visão artificial, biotecnologia, biomédica, ambiente, energias limpas, aeronáutica e espaço”.
A instituição inclui nestes exemplos algumas referências concretas, mais emblemáticas. “Através dos seus alunos e ligações a investigadores, o IST esteve diretamente envolvido na criação de dois dos sete unicórnios em Portugal, a Talkdesk e a Anchorage Digital”, uma ligação que Pedro Amaral também cola ao impacto das atividades de I&D&I da instituição.
Este artigo faz parte do Especial Fundos Europeus de apoio à I&D: o que mudaram nos negócios das empresas portuguesas?
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