A Alphabet tem um laboratório secreto dedicado a resolver problemas através de soluções tecnológicas inovadoras e radicais. O X especializa-se assim em projetos “Moonshot” (“voo para a Lua”, numa tradução aproximada para o português). À semelhança das sucessivas missões Apollo que levaram o Homem à Lua, os projetos caracterizam-se por serem arriscados e por terem custos avultados.
Outrora uma parte da Google, o laboratório ganhou uma nova independência sob a alçada da Alphabet e dele nasceram projetos como o Waymo, o serviço comercial de transporte de passageiros com veículos autónomos, ou o Loon, que tem como objetivo disponibilizar serviços de Internet em zonas remotas através de balões.
No entanto, o caminho do sucesso é também marcado por várias tentativas falhadas. Agora, na sua mais recente newsletter, o laboratório decidiu dar a conhecer ao mundo alguns dos seus falhanços, na esperança de inspirar outros criadores a melhorá-los e a transformá-los numa realidade.
Um dos primeiros projetos a ser revelado tem o nome de código “Shhh! Silent Speech”. A ideia, concebida a pensar em pessoas com dificuldades ou deficiências auditivas, era desenvolver uma tecnologia que fosse capaz de ler os lábios do utilizador e transformar o que estava a ser comunicado em “ordens” que pudessem ser compreendidas por um computador.
A equipa do X chegou mesmo a construir alguns protótipos que se assemelhavam a uma espécie de capacete. Porém, a ideia acabou por não se tornar uma realidade uma vez que o laboratório não conseguiu baixar o nível de erros dados pelo sistema de reconhecimento de palavras. A empresa explica que um dos grandes desafios era interpretar certos sons que são parecidos, como por exemplo o das letras B e P.
Ainda neste ano, o laboratório já tinha partilhado múltiplos pormenores acerca de uma ambiciosa iniciativa que acabou por ser descontinuada. A ideia por trás do projeto Makani era gerar energia eólica através de “papagaios de papel” tecnológicos.
Recentemente, a empresa deu a conhecer que um dos seus projetos lançados em 2018 já ganhou um nome. Os especialistas do laboratório explicam que Mineral quer usar inteligência artificial para melhorar a agricultura e que esperam conseguir desenvolver ferramentas que transformem a forma como se cultivam as colheitas.
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