A Coreia do Sul está em estado de alerta máximo depois de há vários dias vir sofrendo ataques a páginas de Internet de empresas e organismos públicos em várias áreas.

Numa nota divulgada esta manhã o serviço de inteligência do país admitia estar à espera de novos ataques, depois de mais de uma dezena de sites afectados ontem e outros tantos no dia anterior.

Na informação revelava-se que o país está a tomar medidas de segurança, por temer que infra-estruturas chave na área da energia, telecomunicações e media estejam em risco e possam ser os próximos alvos.

As investigações dos serviços coreanos têm apontado para a probabilidade destes ataques serem uma retaliação da vizinha Coreia do Norte, que já tinha ameaçado tomar medidas se a Coreia do Sul se colocasse ao lado do que chama a ciberguerra que os Estados Unidos estão a dirigir-lhe. A proveniência norte coreana de alguns dos endereços responsáveis pelos ataques denial-of-service dos últimos dias reforçou a convicção da Coreia do Sul relativamente ao móbil dos ataques.

Além da Coreia, também os Estados Unidos têm sido visados pelos ataques que começaram no Sábado. Ficaram offline ou sofreram fortes perturbações de desempenho as páginas de Internet da Comissão Federal do Comércio, do departamento dos transportes, do Ministério das Finanças, da Casa Branca, bolsa Nasdaq, entre outras. Contudo, do lado americano não há uma acusação tão explícita à origem dos ataques.

Fontes não identificadas das autoridades americanas dizem à Associated Press que o facto destes ataques terem origem na Coreia do Norte não significa que sejam mandados ou preparados pelo governo daquele regime totalitário.

De acordo com a empresa de segurança local AhnLab é provável que ao longo do dia de hoje sete novos sites coreanos sejam atingidos por um ataque que se concretiza através do envio massivo de solicitações às páginas em questão, afectando dramaticamente o tráfego de Internet e paralisando o seu funcionamento.