Os mais recentes dados da Google revelam que o impacto da pandemia de COVID-19 no comportamento dos consumidores reflete-se cada vez mais nas pesquisas que fazem online. A gigante de Mountain View verificou que, em Portugal, as pesquisas sobre compras online, feitas entre os meses de janeiro e julho, cresceram 2,2 vezes mais em comparação com o mesmo período no ano passado.
Em comunicado, a Google explica que a tendência para mais compras online é transversal a todas as categorias de produtos. No entanto, entretenimento, eletrónica de consumo, acessórios, maquilhagem e cremes de pele, assim como entrega e a recolha de comida são as categorias que os portugueses tencionam comprar mais online do que em lojas físicas.
Os dados do Google Trends detalham que, nos últimos 12 meses, as pesquisas no motor de busca da empresa por “videochamadas” e por tópicos como “o que fazer em casa”, “cursos online” e “receitas online” registaram um pico de interesse entre março e abril, que correspondem ao período de confinamento.
Citando um estudo levado a cabo pela consultora McKinsey & Company acerca dos hábitos dos consumidores em Portugal durante a pandemia, a Google indica que, de modo geral, os portugueses estão recetivos a novas formas de comprar.
Ao todo, estima-se que 73% dos portugueses tenham experimentado uma nova forma de comprar durante a pandemia. Os dados indicam que 31% dos participantes do estudo passaram a fazer compras em novas lojas ou plataformas online e que 25% dos inquiridos experimentaram novos métodos digitais.
Entre os fatores que motivaram a realização de novas experiências de compras estão a existência de promoções e preços melhores (42%), de filas menores ou espaços menos cheios (28%) e ainda de bons serviços de entrega ou de opções de levantamento (27%).
O estudo da consultora norte-americana dá também a conhecer que a pandemia causou alterações nos fatores envolvidos nas decisões de compra dos portugueses. Um dos fatores mais importantes para os consumidores passou a ser o preço. Além de 45% dos portugueses afirmarem que estão mais conscientes dos seus gastos, 41% admitem que vão passar a preferir produtos mais baratos.
A Google afirma que as alterações no comportamento dos consumidores são algo a que as empresas devem prestar atenção. As tendências apontam que o ecommerce veio mesmo para ficar e espera-se que último semestre do ano, marcado pelo Singles Day, Black Friday, Ciber Monday e pela época natalícia, seja o mais digital de sempre, com o "momentum" a prolongar-se até os saldos de Inverno.
Recorde-se que, recentemente, um estudo realizado pela Worten em parceria com a Netsonda demonstrou que 84% dos consumidores mantêm a expectativa de poder aproveitar as campanhas promocionais da Black Friday e que 36% tencionam fazer as suas compras usando apenas as plataformas digitais.
Em média, cada consumidor planeia gastar 321,61 euros, representando um aumento de 17 euros em relação a 2019. Neste ano, o top de produtos mais cobiçados continua a ser liderado pelos tecnológicos, com 55%. Seguem-se os produtos de moda e acessórios, com 49%, e os eletrodomésticos, com 36%.
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