O Facebook e o Twitter foram grandes fontes de disseminação de desinformação em 2016 e agora um estudo da Universidade de Nova Iorque vem alertar sobre o risco elevado de o Instagram e o WhatsApp serem utilizados de forma semelhante nas eleições presidenciais americanas de 2020, avança o MIT Tech Review.

Já em 2018, um relatório do Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos revelou que o Instagram foi uma ferramenta essencial na disseminação das campanhas de desinformação russas. De acordo com a Bloomberg, os resultados da investigação indicam que a Russian Research Agency, a troll farm que procurava dividir a opinão americana através de notícias falsas e memes, conseguiu ter mais engagement nesta rede social do que no Facebook.

“O Instagram não tinha as mesmas capacidades de identificação de informação falsa que o Facebook”, elucidou Paul Barrett, autor do relatório “Disinformation and the 2020 Election: How the Social Media Industry Should Prepare”. Já os níveis desinformação registados no WhatsApp foram capazes de influenciar quer o eleitorado brasileiro, quer o indiano, tal como revelou a BBC.

Ambas as plataformas têm vindo a tomar medidas cada vez mais sérias para travar a disseminação de desinformação. Por um lado, em agosto deste ano, o Instagram começou a testar uma ferramenta que sinaliza informação possivelmente falsa, por outro, em janeiro, o WhatsApp limitou o número de grupos a que um utilizador pode mandar mensagem, além de, três meses mais tarde, ter lançado uma funcionalidade que permite a pesquisa de qualquer imagem recebida.

No entanto, para Barrett, tais medidas não são suficientes. O investigador da Universidade de Nova Iorque acredita que, no caso do Instagram, este deveria adotar o mesmo tipo de ferramentas de verificação utilizadas pelo Facebook, e no que toca ao WhatsApp, este necessita de limitar o número de grupos a que um ulizador pode reeincaminhar mensagens para apenas um.

As campanhas de desinformação vindas da Rússia são apenas uma das potenciais ameaças à democracia. Segundo o relatório, manobras de divisão da opinião de eleitorados, à semelhança do caso americano, poderem ser também oriundas da China ou do Irão.

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