
A utilização de sistemas de anúncios online baseados em vigilância é controversa e vários grupos e organizações têm vindo a alertar para os seus perigos. No início de junho o Transatlantic Consumer Dialogue (TACD), um grupo composto por organizações de defesa dos consumidores da Europa e Estados Unidos, apelou à total proibição deste tipo de publicidade.
O TACD defende que a recolha, partilha e processamento de dados individuais para fins de anúncios direcionados tornou-se no principal modelo de negócios no mundo da publicidade online, sendo promovido por gigantes tecnológicas como a Meta ou a Alphabet.
“Plataformas como Facebook ou Google constroem os seus negócios a partir da recolha de dados pessoais, resultando no uso expansivo de mecanismos para recolher, identificar, monitorizar, classificar, discriminar e excluir perfis online de modo a apresentar anúncios direcionados altamente personalizados”, detalha o TACD.
De acordo com o grupo, os anúncios baseados em vigilância são um dos “principais impulsionadores da desinformação”, colocando em causa a democracia, assim como a “equidade política e económica, a competição, privacidade, saúde pública e proteção dos consumidores”.
A utilização de sistemas de anúncios baseados em vigilância “vai contra o direito fundamental à privacidade” e ameaça “os direitos civis, a liberdade de escolha e a igualdade de oportunidades” dos indivíduos, realça o grupo. Este tipo de publicidade apresenta também riscos a nível de cibersegurança devido ao grande volume de dados processados.
Recorde-se que, anteriormente, o Conselho Irlandês para as Liberdades Civis (ICCL, na sigla em inglês) já tinha alertado para os perigos dos sistemas de anúncios online baseados em vigilância em massa.
De acordo com um dos seus mais recentes relatórios, os dados dos internautas europeus são partilhados entre empresas para fins de publicidade 197 mil milhões de vezes por dia. Nos Estados Unidos, o valor sobe para 294 mil milhões de vezes por dia.
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