Desenvolvido pelo NSO Group, o Pesagus foi originalmente concebido para seguir o rasto de terroristas ou criminosos. No entanto, o software estava a ser utilizado para espiar jornalistas e ativistas, assim como chefes de Estado e de Governo, e, de acordo com uma recente revelação da própria empresa israelita, foi usado, pelo menos, por cinco países da União Europeia (UE).
A empresa terminou também um contrato com um país da UE devido a utilização abusiva do seu software. À comissão de inquérito do Parlamento Europeu que está a investigar os escândalos de espionagem com o Pegasus, Chaim Gelfand, diretor jurídico do NSO Group, admitiu que a empresa “cometeu erros”, avança o website Politico.
Por outro lado, o responsável realçou que o NSO Group cancelou vários contratos, recusando oportunidades para aumentar as suas receitas, desde que o escândalo “explodiu” devido a suspeitas de utilização imprópria do seu software.
“Estamos a tentar fazer o que é mais correto”, afirmou Chaim Gelfand, acrescentando que isso já é “mais do que outras empresas da indústria estão a fazer”. O responsável indicou ainda que voltaria a notificar a comissão assim que tivesse um número mais exato que países europeus que recorreram ao software desenvolvido pelo NSO Group.
A lista de políticos na "mira" do Pegasus inclui o comissário europeu Didier Reynders, o que levou o Parlamento Europeu a criar uma comissão para investigar o impacto do spyware e da sua utilização por governos de Estados-membros.
Recorde-se que, segundo um relatório oficial do Centro de Criptologia Nacional (CNC) de Espanha, também os telefones do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez e da ministra da Defesa, Margarita Robles foram alvo de escutas "ilícitas e externas" através do programa Pegasus. Em consequência, o Governo espanhol decidiu afastar a chefe dos serviços secretos, Paz Esteban.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários