
A utilização da funcionalidade de pesquisa do ChatGPT, que permite incorporar informações recolhidas na internet nas respostas do chatbot da OpenAI, está a crescer em ritmo acelerado na Europa. Os dados são oficiais e constam de um relatório apresentado pela OpenAI Irlanda à Comissão Europeia, para cumprir obrigações legais associadas à Lei dos Serviços Digitais - DSA (Digital Services Act) na sigla em inglês.
Segundo o relatório, a pesquisa do ChatGPT teve uma média de 41,3 milhões de “destinatários” ativos mensais médios nos seis meses anteriores a 31 de março. Nos seis meses anteriores, até outubro, o número reportado foi muito inferior e ficou-se por 11,2 milhões de utilizadores ativos mensais, também em termos médios.
Os destinatários ativos mensais são, como define a legislação, “[pessoas] que realmente se envolvem com o serviço pelo menos uma vez num determinado período de tempo” e que por essa via ficam expostas “a informações divulgadas na interface online da plataforma”, como descreve o TechCrunch, que partilha os dados disponibilizados pela OpenAI.
O uso cada vez mais expressivo deste recurso, como também o sublinha o site, pode em breve impor à OpenAI novas obrigações regulatórias e mais escrutínio dos reguladores. O DSA prevê que as plataformas de grande dimensão e os motores de busca com mais de 45 milhões de utilizadores mensais, em média, cumpram algumas regras específicas. Por exemplo, dar aos utilizadores a possibilidade de optarem por não participar em sistemas de recomendação, ou verem os seus dados usados para determinar o seu perfil.
O ChatGPT Search tem vindo a ganhar terreno face a outras tecnologias de pesquisa mais “tradicionais” como a da Google, embora a liderança do serviço de pesquisa da Google continue longe de ser ameaçada. Ainda assim, a lógica de fazer uma pergunta e receber uma resposta direta, em vez de um conjunto de links para continuar a pesquisa parece mais atrativa e a própria Google já começou a usá-la em alguns casos, recorrendo também à inteligência artificial generativa.

Uma pesquisa da Evercore, realizada em setembro do ano passado e citada pela Fortune, mostrava que 8% dos utilizadores já escolheriam o ChatGPT como motor de busca principal, em detrimento do Google. Mas a história recente também mostra que a tecnologia do ChatGPT não chega para mudar preferências de pesquisa de forma dramática.
A Microsoft foi pioneira a integrá-la no Bing, para aumentar a popularidade do seu serviço de pesquisa e isso pouco se refletiu num aumento de quota de mercado para a tecnológica neste segmento. Em janeiro deste ano, a Google continuava a dominar 89,62% do tráfego associado às pesquisas e o Bing tinha uma quota de 4,04%, segundo dados da Statista.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Pode usar o carregador do smartphone nesta e-Bike. Ampler Nova chega em junho à Europa -
App do dia
App DailyWise oferece resumos de livros para facilitar escolhas no que toca a ler -
Site do dia
WikiTok oferece scroll infinito e viciante na base de conhecimento da Wikipedia -
How to TEK
Criou uma prompt fantástica no Copilot? Já pode partilhar o resultado através de um link
Comentários